Estado vai administrar Linha Vermelha junto com prefeitura do Rio
Secretário de Transportes Washington Reis afirma que governo estadual vai reassumir a via, que estava sob gestão municipal há 16 anos
O secretário estadual de Transportes e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, Washington Reis, anunciou nesta segunda-feira que o estado reassumiu parcialmente a administração da Linha Vermelha. A via expressa estava integralmente sobre a gestão da prefeitura do Rio desde 2007. Reis tomou posse nesta segunda-feira, assim como os outros integrantes do governo Cláudio Castro.
"Reassuminos hoje o trecho entre o Fundão e a Baixada Fluminense. Já começamos a fazer melhorias. O trecho do Caju ao Fundão fica com a prefeitura porque é mais da cidade mesmo", contou Reis.
A Linha Vermelha — batizada de Via Expressa Presidente João Goulart oficialmente — tem 21,9 quilômetros de extensão, alcançados após a inauguração de três trechos. O primeiro deles foi em 1978, ligando o fim do Elevado Paulo de Frontin, na Cidade Nova, ao Campo de São Cristóvão. O segundo foi concluído em 1992, no trecho entre o bairro de São Cristóvão e a Ilha do Fundão. A última parte, de 14 quilômetros de extensão, faz a ligação entre a Ilha do Fundão e a Rodovia Presidente Dutra. A via, também identificada como RJ-071, liga os municípios do Rio de Janeiro, São João de Meriti e Duque de Caxias. Ela se tornou uma das principais opções no deslocamento entre os municípios da Baixada Fluminense e o Centro da capital.
O secretário acrescentou que pretende reforçar com a Polícia Militar as operações combater o furto de cabos da Supervia.
"Acabou essa história de roubo de cabos. Os bandidos terão que devolver", disse Washington Reis.
Já o secretário Intergeracional de Juventude e Envelhecimento Saudável, Alexandre Isquierdo, afirmou que pretende estabelecer parcerias com igrejas para implementar projetos da pasta. Isquierdo é evangélico e foi um dos principais articuladores da campanha do Castro com esse grupo religioso.
"Eu acho que é um canal, acho que a gente pode fazer parceria com essas instituições. Por exemplo, a gente tá com uma ideia de fazer fórum de empreendedorismo e eu acho que as igrejas podem ser uma base pra receber esses projetos, até porque já tem estrutura, né? Até pela economicidade, você já tem som, você já tem ar-condicionado, você já tem banheiro você tem toda uma estrutura. E não quero focar só na igreja evangélica mas católica também. A gente quer fazer sim parceria, eu fui líder de jovens durante muitos anos, tenho uma expertise nessa área, acho que a gente pode somar de forma republicana, vamos dizer assim", afirmou.
Redução de filas na saúde
O secretário estadual de Saúde do Rio, Dr Luisinho, disse que entre as prioridades da nova gestão estão reduzir as filas das demandas por serviços de alta complexidade de cardiologia e oncologia. O tamanho exato da fila ainda não é conhecido porque podem haver dados superpostos dos serviços de regulação dos municípios.
Em entrevista ao Globo no fim de semana, o governador Cláudio Castro já havia anunciado ter planos para expandir esses serviços no interior:
"A gente precisa também avançar em algumas ferramentas digitais que avançaram no mundo para agilizar esses atendimentos. Aproveitar que a situação financeira do estado se encontra melhor ", disse Luisinho.
Dentre desses planos, o estado deve inaugurar ainda neste semestre a ampliação do Instituto do Cérebro, no Centro do Rio, e concluir as obras do Rio Imagem Baixada e do Hospital do Câncer de Friburgo, esta ainda com a necessidade de ser equipado.
O secretário acrescentou que pretende ainda se encontrar com a ministra da Saúde, Nisia Trindade, para buscar uma solução para vagas fechadas na rede federal.
"Esse é um problema não só do Rio, mas nacional", disse.