Quatro cores

Filho de Lula usou 'gravata da sorte' para a posse do pai; relembre a história do adereço

Presidente usou o acessório em quatro ocasiões apenas este ano

Com a "gravata da sorte", Luís Cláudio ao lado de Gil do Vigor na posse presidencial - reprodução/Instagram

A famosa gravata da sorte utilizada pelo presidente Lula (PT) em diversas ocasiões desde 2008 marcou presença na posse neste domingo: o filho caçula do petista, Luis Claudio, usou o adereço para as solenidades. " O peso dessa gravata é absurdo", escreveu no Twitter ao lado da foto em que vestia a gravata com listra da cor verde, amarela, azul e branca.

Lula usou o mesmo modelo recentemente em quatro ocasiões: para a capa da revista americana Times; na posse do ministro do STF Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); no debate do segundo turno das eleições presidenciais realizado pela Band e na COP-27.

Em entrevista ao Flow, em outubro deste ano, ele explicou que ganhou o acessório da Comissão Olímpica. A gravata conta com uma pequena bandeira do Brasil e os cinco anéis que representam o evento esportivo.

Nesse domingo (1º), o presidente escolheu uma gravata de cor azul para ser empossado no Congresso Nacional e receber a faixa no Palácio do Planalto. Para o jantar no Palácio do Itamaraty, ele trocou de gravata e usou uma tradicional de cor vermelha.

A história da gravata da sorte
Durante as eleições presidenciais, Lula contou, em entrevista ao Flow, a história por trás da gravata verde e amarela. O petista disse que a vestimenta foi um presente que ganhou para usar na cerimônia em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) escolheu a cidade do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de Verão de 2016. O evento ocorreu em outubro de 2009 em Copenhague, na Dinamarca.

Ao ser questionado sobre o significado, ele respondeu:

— Significa a minha pátria amada.

Além das quatro ocasiões neste ano e na Dinamarca, Lula utilizou a peça em ao menos outras nove vezes. A primeira foi na abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, na China, em 2008. O petista estava em seu segundo mandato enquanto presidente da República.

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Em 2009, ele usou o adereço em três ocasiões diferentes. No lançamento do pré-sal, na cerimônia de anúncio e na COP-15, também em Copenhague, onde ele discursou sobre os avanços do Brasil na redução da emissão de gases do efeito estufa.

No ano seguinte, em 2010, Lula resolveu colocá-la em encontros. Com o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ele se reuniu para falar sobre a crise energética que acometia o país vizinho. Já com o apresentador Silvio Santos, recebeu o convite para apresentar o Teleton daquele ano.

A tal gravata voltou a aparecer apenas seis anos depois, durante alguns eventos da Operação Lava-Jato. O primeiro foi em uma coletiva de imprensa que realizou com a ex-presidente Dilma Rousseff. No áudio, Dilma dizia que enviaria o "termo de posse" para que Lula assumisse como ministro em seu governo.

A peça também fez parte do look do ex-presidente em dois depoimentos: em setembro de 2017, com o ex-juiz Sérgio Moro, e em 2018, com o juiz Marcelo Bretas.