"Um convite ao serviço", diz Antonio Marinho sobre nomeação no Ministério da Cultura
Poeta pernambucano do Sertão do Pajeú comenta sobre desafio dado pela ministra da Cultura de dirigir políticas públicas para a cultura popular
Convidado pela ministra da Cultura Margareth Menezes para assumir o cargo de diretor nacional de Cultura Popular do Ministério da Cultura (MinC), o poeta pernambucano Antonio Marinho comentou sobre como se deu esse convite e avaliou o desafio que terá pela frente na missão de dirigir e fomentar políticas públicas para a cultura popular, de onde vêm suas raízes.
Marinho anunciou a boa nova durante a abertura do evento que organiza, a Festa de Louro, na noite da terça-feira (3), na Praça do Repente, em São José do Egito. Ele conta que recebeu o convite apenas recentemente.
"Eu fui convidado ontem [terça]. A ministra ligou para mim pela manhã e fez o convite diretamente. Nós passamos o tempo da transição convivendo virtualmente. Eu já a conhecia pessoalmente, mas nós convivemos muito virtualmente durante os trabalhdos do GT. E ontem ela ligou dizendo que achava que esse seria um lugar para mim, onde eu poderia ajudar e servir da melhor forma ao povo brasileiro", relatou.
"Até agora, só tenho recebido coisas boas como consequencia disso. Apoio de muitos setores e pessoas da cultura e só coisa boa. Mas com essa cabeça de que eu tenho que achar a melhor forma de servir ao povo brasileiro. É um serviço que estou apaixonado por ele e com muita fé e vontade de que dê certo. O que acontecerá só o tempo nos dirá e a históra nos reserva. Mas de mim, toda a alegria, dedicação e paixão".
Sobre o convite
Apesar de ter sido um dos convidados a participar do grupo de trabalho na transição do governo para a pasta da Cultura, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), e da expectativa - agora confirmada - de que participasse da nova gestão após a recriação do MinC, Antonio Marinho destaca que, durante esse período, jamais se falou de cargos.
“Não foi durante a transição o convite, até porque isso não era um assunto que estivesse em meio às funções do GT. Perfis de cargos ou indicações de isso ou aquilo. O GT não discutiu isso e era desaconselhado, inclusive pelo presidente Lula, de falar de nomes e nomeações de fulano e sicrano", contou.
"A gente precisava primeiro ver como estava, ajeitar a casa e ver um diagnóstico. Ninguém se propôs a cargo nenhum, nem a própria ministra no GT e nem ninguém falava disso", frisou.
Desafio no governo
Antonio Marinho procurou, como bom sertanejo, manter os pés no chão ao comentar sobre o cargo que ocupará em Brasília. Ao invés de falar sobre os próprios méritos, preferiu comentar sobre sua vontade de servir aos seus pares.
"Recebo como um convite ao serviço. É assim que a gente tem que encarar. Primeiro trocar o verbo. Ninguém é diretor, coordenador ou ministro. A gente sempre está. Não é um cargo de permanência, é um cargo de um tempo dedicado a aquilo. E encarar com a natureza do serviço a meu país. Isso não é troféu, medalha ou premiação. Isso é um serviço, claro, muito nobre, que me alegra muito e me deixa muito feliz com a confiança da ministra com a confiança do presidente Lula".