DIA DE REIS

Queima da Lapinha, nesta sexta (6), encerra ciclo natalino e abre alas para o Carnaval do Recife

Programação está prevista para começar às 17h30, no Pátio de São Pedro

Queima de Lapinha de 2022 - Marcos Pastich/PCR

Evento que exalta as tradições da cultura popular, a Queima da Lapinha ganha novamente o Pátio de São Pedro, na área central do Recife, nesta sexta-feira (6). A festividade encerra o ciclo natalino e abre alas oficialmente para o Carnaval da capital pernambucana.

Em 6 de janeiro, a liturgia da Igreja Católica celebra o Dia de Reis, também conhecido como dia da Epifania do Senhor.

A programação está prevista para começar às 17h30. Segundo a Prefeitura do Recife, 12 pastoris, três orquestras, bloco lírico, grupos de dança e passistas participam da queima. 

A concentração será no Pátio do Livramento. De lá, pastoras, Dianas, borboletas, brincantes e orquestras saem em cortejo pela Duque de Caxias, Praça do Diário e Dantas Barreto, até alcançar o Pátio de São Pedro, onde a Lapinha será queimada.

Os grupos irão consagrar ao fogo os desejos e expectativas para o novo ano, que chega devolvendo o Carnaval ao Recife, após dois anos de saudade - a folia começa na capital pernambucana no próximo dia 17 de fevereiro, véspera do Sábado de Zé Pereira.

Participarão da celebração os pastoris Lindas Ciganas, Luz do Amanhecer, Angel, Tia Marisa, Estrela Brilhante, Vovó Alzira, Viver a Vida 3ª Idade, Estrela do Mar, Estrela Dourada, Campinas Alegres, Estrelas do Recife e Menino Jesus Vovó Bibia, além das orquestras Mendes e sua Orquestra, 19 de Fevereiro e Orquestra Brasileira do Recife e do grupo Inclusão Cia de Dança.  

Abrindo alas para o Carnaval, dois patrimônios vivos do Recife, o Bloco Pierrot de São José e Zenaide Bezerra, com suas passistas, também irão participar da festa, no Pátio de São Pedro, convidando o Recife a se preparar para a próxima e mais aguardada celebração do calendário cultural da cidade.

Nos últimos dois anos, por conta da pandemia de Covid-19, não houve o tradicional cortejo da Lapinha. 

Trazida pelos jesuítas nos idos do século XIX, a tradição da Queima da Lapinha tem seu simbolismo relacionado à manjedoura onde nasceu o Menino Jesus e ao dia em que ele foi visitado pelos três reis magos.

Feita de folhagens secas e incensos, a lapinha é queimada para consagrar ao fogo o ciclo cultural que se encerra e abrir alas para o ciclo seguinte.