Saúde

Laboratório BioNTech fará ensaios clínicos de tratamentos contra câncer no Reino Unido

O objetivo é tratar até 10 mil pacientes com imunoterapias oncológicas personalizadas baseadas em mRNA até 2030

A sede da empresa alemã Biontech em Mainz, oeste da Alemanha - Daniel Roland / AFP

O laboratório alemão BioNtech, que desenvolveu uma das vacinas contra a Covid-19, fará no Reino Unido testes clínicos de tratamentos contra o câncer baseados na mesma tecnologia de RNA mensageiro (mARN) — anunciou a empresa nesta sexta-feira (6).

O objetivo é tratar até 10 mil pacientes com imunoterapias oncológicas personalizadas baseadas em mRNA até 2030, explica a BioNTech em um comunicado.

O projeto faz parte de um acordo com o governo britânico sobre "imunoterapias contra o câncer, vacinas contra doenças infecciosas e expansão da BioNTech no Reino Unido".

Um dos pioneiros no desenvolvimento de RNA mensageiro, o laboratório alemão também abrirá um novo centro de pesquisa e desenvolvimento de aproximadamente 70 pessoas em Cambridge e estabelecerá uma sede regional em Londres.

“Nosso objetivo é acelerar o desenvolvimento de imunoterapias e vacinas com tecnologias que pesquisamos durante mais de 20 anos”, disse o CEO e cofundador da BioNTech, Ugur Sahin, citado no comunicado.

A empresa se firmou no cenário internacional com a descoberta de uma das primeiras vacinas contra a Covid-19, desenvolvida em conjunto com o laboratório americano Pfizer.

Trabalha na preparação de novas vacinas e tratamentos, principalmente contra câncer, malária, herpes-zóster e tuberculose.

“O acordo significa que os pacientes com câncer terão acesso antecipado a testes que exploram terapias personalizadas de RNA mensageiro”, disse o Ministério da Saúde do Reino Unido em um comunicado em separado.

Não foi informado o valor do investimento correspondente a esta associação.

Uma primeira fase permitirá identificar um "grande número" de pacientes com câncer que podem ser elegíveis para testes e explorar potenciais vacinas para "vários tipos de câncer", disse o ministério.

Os testes podem começar no outono de 2023.