Saúde

Roberto Dinamite: entenda o que é câncer de intestino, doença que o ex-jogador tinha

Aos 68 anos, o ex-jogador de futebol faleceu neste domingo (8), vítima de um dos três tipos de tumores mais recorrentes entre os brasileiros

Roberto Dinamite - Gabriel Suares/Vasco

Aos 68 anos, o ex-jogador de futebol Carlos Roberto de Oliveira faleceu neste domingo (8), em decorrência de um câncer no intestino, um dos três tipos de tumores mais recorrentes entre os brasileiros.

Após a descoberta, no final de 2021, Dinamite deu início a um tratamento de quimioterapia. O diagnóstico veio através de exames realizados quando esteve internado para tratar uma obstrução no intestino.

“Notícia dura, mas eu só tenho uma opção: Levantar a cabeça e enfrentar essa batalha”, escreveu o ex-jogador no Instagram. “Essa semana iniciarei meu tratamento de quimioterapia buscando uma pronta recuperação para retornar o quanto antes às minhas atividades”.

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto e ânus. Conhecido ainda como câncer de cólon, a doença também vitimou o Rei Pelé, que morreu no último dia 29 em decorrência da falência múltipla de órgãos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que 40.990 novos casos de câncer de intestino sejam diagnosticados a cada ano no Brasil. Homens e mulheres são afetados na mesma proporção.



Os principais fatores de risco relacionados a esse tipo de câncer são: idade igual ou acima de 50 anos; excesso de peso corporal; alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras); consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, peito de peru e salame); ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana).

Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.

Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:

sangue nas fezes;

alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);

dor ou desconforto abdominal;

fraqueza e anemia;

perda de peso sem causa aparente.

alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)

massa (tumoração) abdominal

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Como é feito o diagnóstico de câncer no intestino?

A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce) ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

O rastreamento dos tumores de cólon e reto (colorretal) pode ser realizado através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias).