"Uma página triste e lamentável", diz presidente do STF sobre terrorismo de bolsonaristas
Ministra Rosa Weber publicou nota em perfil da instituição nas redes sociais.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, declarou neste domingo (8), após a sede da Corte ser alvo de depredações por parte de bolsonaristas, que a instituição "não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito".
Em nota publicada nas redes sociais, Weber definiu ainda que o Brasil viveu "uma página triste e lamentável de sua história".
Além disso, ela informou que manteve contato com as outras autoridades e que os agentes de segurança do STF garantiram a integridade dos ministros da Corte, que, segundo a nota, acompanharam todo o episódio "com imensa preocupação".
O texto ressalta ainda que a instituição atuará para que os "terroristas sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos". Leia a nota na íntegra:
O edifício-sede do Supremo Tribunal Federal, patrimônio histórico dos brasileiros e da humanidade, foi severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas. Lamentavelmente, o mesmo ocorreu no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. As sedes dos três poderes foram vilipendiadas.
O Brasil viveu neste domingo - 8 de janeiro de 2023 - uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia.
Desde que o ato foi anunciado, mantive contato com as autoridades de segurança pública, do Ministério da Justiça e do Governo do Distrito Federal. Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros da Corte, que acompanharam os episódios com imensa preocupação.
O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído.
A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito.
Ministra Rosa Weber, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)