Terrorismo no Distrito Federal

Sala de Janja é destruída mas gabinete de Lula foi preservado, diz ministro

Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta afirma que a Secom foi o lugar mais destruído do planalto

Bolsonaristas radicais destroem o Palácio do Planalto em atos terroristas - Divulgação/PR

O gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi invadido pelos terroristas que depredaram o Palácio do Planalto neste domingo, segundo o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta.

De acordo com Pimenta, que foi ao Planalto vistoriar os estragos na noite deste domingo, o gabinete presidencial, que fica no terceiro andar do Palácio do Planalto, tem segurança extra e trancas especiais nas portas, que não foram violadas pelos terroristas. A sala da primeira-dama, Rosângela Silva, no entanto, que não conta com esta proteção, acabou sendo destruída, conforme o ministro.

— A sala do presidente Lula tem um vidro mais grosso. Tem que passar por um, depois por outro, tem umas trancas, que fica isolada como se fosse um aquário. Não conseguiram entrar. Conseguiram destruir a sala da Janja que fica fora do aquário. Destruiram tudo — disse AO GLOBO.

O Palácio está passando por perícia. Segundo Pimenta, a Secom "foi o lugar mais destruído". AO GLOBO, o ministro disse que pretende trabalhar do Planalto nesta segunda-feira "do jeito que tiver".

O ministro fez um vídeo em que a destruição da sua sala com televisão quebrada, papeis espalhados e obras de arte no chão. É possível ver computadores e mesas quebradas, além de gavetas reviradas e uma máquina copiadora atirada no chão. A Secom fica no segundo andar do palácio.

— Amanhã vamos trabalhar aqui do jeito que tiver, minha sala foi toda destruída. Minha sala teve todos os computadores, monitores de TV, impressoras. A Secom foi lugar mais destruído. É inacreditável, é uma tristeza. Está tudo quebrado e destruído. As obras de arte, esculturas, obras rasgadas, furadas e quebradas. Não acredita como alguém tem coragem. A impressão é que estavam com uma fúria, com ódio tão grande para fazer o que fizeram.

Assessor especial de Lula, o ex-ministro Celso Amorim também teve sua sala arrombada no terceiro andar do palácio.