Fórum de Governadores e entidades repudiam ataques terroristas em Brasília
Entidades diversas e o Fórum dos Governadores dos Estados repudiaram o ataque terrorista em Brasília
O Fórum Nacional de Governadores ofereceu o envio de policiais para ajudar na recuperação da segurança na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. A entidade fez uma reunião de emergência na tarde de ontem (8) com governadores e secretários de Segurança Pública. O Fórum emitiu uma nota de repúdio aos atos antidemocráticos.
"O Fórum Nacional de Governadores externa sua absoluta repulsa ao testemunhar os gravíssimos e inaceitáveis episódios registrados hoje (ontem) no Distrito Federal por manifestantes golpistas, irresignados com o resultado das eleições legitimamente encerradas no País".
Segundo o Fórum, "as governadoras e os governadores brasileiros, colocando-se à disposição para o envio de forças militares estaduais destinadas a apoiar a situação de normalidade nacional, exigem a apuração das origens dessa movimentação absurda e a adoção de medidas enérgicas contra os extremistas e aqueles que permitiram, por negligência ou conveniência, tal situação, bem como a subsequente penalização de seus responsáveis".
Procurada pela reportagem, a assessoria da governadora Raquel Lyra informou que a mesma assinou a nota do Fórum e também colocou as forças de segurança à disposição.
Entidades se manifestam
Além do Fórum, diversas entidades classistas representantes de magistrados, advogados, procuradores, além de outras entidades divulgaram notas reprovando os atos golpistas e extremistas ocorridos na capital federal. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou nota pública na qual "repudia veementemente os atentados" e afirma: "As liberdades constitucionais de manifestação do pensamento e reunião não podem se travestir de instrumento de ataque às instituições públicas, que são essenciais ao funcionamento do Estado Democrático de Direito", diz a nota assinada pelo presidente da entidade, Frederico Mendes Junior.
Já a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), que representa defensores públicos das 27 unidades da federação, também se manifestou contra a invasão e, também em nota, afirmou que "a liberdade de expressão e manifestação não podem ser confundidas com fanatismo, vandalismo e violência.
Os atos golpistas contra os Poderes da República significam ataque direto à democracia e ao Estado brasileiro e precisam ser combatidos com todas as medidas necessárias pelas forças de segurança, de acordo com as disposições legais. A Anadep é contrária a todo e qualquer ato de violência e segue atenta aos desdobramentos e às agressões praticadas para, de acordo com suas incumbências estatutárias, atuar em defesa do Estado Democrático de Direito".
O repúdio também veio da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), que pretende acompanhar com atenção "os desdobramentos dos episódios deste domingo e estará pronta a atuar ativamente em defesa das instituições da República e também da classe que representa, buscando assegurar a integridade e a independência dos membros do Ministério Público".
Já a nota da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) assinada pela Diretoria Nacional, pelo Conselho Pleno e pelo Colégio dos Presidentes de Seccionais diz que "é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório", diz a nota.