Terrorismo

Flavio Dino diz que 1,5 mil terroristas já foram presos

Ministro da Justiça fez um balanço das ações até agora sobre os atos golpistas

Flávio Dino - Mauro Pimentel/AFP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou há pouco que já foram presos 1,5 mil terroristas envolvidos com os atos golpistas de ontem (8). A maioria deles estava acampanda em frente ao quartel, em Brasília.

Dos ônibus que estavam em Brasília, 40 desses veículos foram apreendidos. O ministro afirmou que 50 equipes da polícia estão interrogando os terroristas que foram presos. O número de prisão em flagrantes foi de 209 pessoas. 

Ele disse que já foram feitas as perícias pela Polícia Federal nos prédios públicos depredados. "Esses laudos dimensionam os prejuizos e servirão para aparelhar as ações de indenizações visando a reparação dos danos", disse o ministro.

Ainda de acordo com Dino, o governo já recebeu mais de 13 mil mensagens pelo e-mail denuncia@mj.gov.br , criado para que as pessoas façam denúncias. "A equipe já está fazendo uma triagem desses e-mails', disse o ministro.

Os crimes previstos para os atos terroristas de ontem, diz Dino, são golpe de estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, crime de dano ao patrimônio público, associação criminosa e lesão corporal. No caso deste, último as agressões feitas a policiais e profissionais da imprensa.

Quanto aos extremistas presos, todos os inquéritos, que serão três, migrarão para a Polícia Federal. "A situação de flagrância já se esgotou. Agora, serão prisões temporárias ou preventivas", esclareceu.

Segundo o ministro, sejam que forem os financiadores dos atos terroristas, eles serão chamados a responsabilização penal e civil.  Para ele, a investigaçao irá mostrar se houve erro ou omissão por parte do governo do Distrito Federal.

Em relação à reunião com Lula hoje de manhã, ele disse que foi um momento de solidariedade entre os três poderes, que foram atacados. "Foi o entendimento de que caminhamos para a normalização institucional", disse.

Dino responsabilizou o ex-presidente Bolsonaro e as lideranças políticas que o apoiarama pelos ataques. Segundo ele, ontem o Brasil viu a materialização do que vinha acontecendo nas redes sociais.

Para ele, os discursos de ódio de Bolsonaro atacando o Supremo Tribunal Federal nos últimos quatro anos "ganharam braços, pernas, bombas, tiros, pauladas".

Na visão de Dino, quanto a Ibaneis Rocha não há elemento para dizer que ele foi o responsável, juridicamente falando, pelos ataques terroristas aos prédios dos três poderes. "Isso será objeto de uma inestigação posterior. Não cabe a mim fazer julgamentos", esclareceu.