Com 103 atrações, Janeiro de Grandes Espetáculos volta aos palcos nesta terça-feira (10)
Monólogo "Sozinha", com a atriz portuguesa Elsa Pinho, abre a programação do Festival, no Teatro Marco Camarotti
O Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) volta aos palcos em formato totalmente presencial, nesta terça-feira (10), após duas edições híbridas em razão da pandemia. A programação segue até o dia 29 de janeiro em 17 equipamentos culturais do Recife, Olinda e Interior. São 103 atrações nas linguagens de teatro adulto, infantojuvenil, dança, música e circo, isoladas ou dialogando entre si, além de lançamento de CD, livro, fórum online e lives.
Nesta edição, o festival apresenta mais de 20 espetáculos inéditos, além de reapresentações esperadas. Nas artes cênicas, atrações tanto para o público adulto quanto infantojuvenil. As linguagens da música e das artes circenses também foram contempladas entre as atrações. Ao todo, estão envolvidos 969 artistas e criadores, 234 técnicos e cenotécnicos de teatros.
Abertura
A programação será inaugurada nesta terça-feira (10), em sessão apenas para convidados, no Teatro Marco Camarotti, com o espetáculo inédito “Sozinha” (Portugal), da atriz portuguesa Elsa Pinho. Os dois primeiros dias serão fechados para convidados, e os três restantes aberto ao público, a partir da próxima quinta-feira (12) até o dia 14 de janeiro, com ingressos à venda no site Guichê Web, a R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
Criada em parceria com o ator baiano João Guisande, a peça reflete sobre liberdade, solidão, submissão e sonhos. Após as apresentações no Recife, a montagem faz giro em Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Buíque, Triunfo e Petrolina, dentro da programação do JGE, que pode ser acessada no site do Festival.
Destaques da programação
Em cena, o público poderá contemplar coletivos tradicionais da cena teatral pernambucana, como a Cia. do Ator Nu e o Angu de Teatro, que realiza a Maratona Angu: apresentação de três espetáculos aclamados – “Ossos”, “Ópera” e “Angu de Sangue”.
Também serão apresentadas produções de artistas de outras localidades, a exemplo do Rio de Janeiro (“Você não é Todo Mundo”, de Ricardo Villardo e Marcos Nauer); de Limoeiro (“E, Antes de Tudo, Seria o Fim”, da Companhia de Eventos Lionarte); e Vitória de Santo Antão (“O Gaioleiro”, da Cia Experimental de Teatro).
Entre os destaques desta edição, três espetáculos reforçam a representatividade da comunidade LGBTQIAP+: “Eternamente Bibi”, da Cara Dupla Coletivo Teatro (Paraíba), “O Boteco da Dona”, da Amotrans-PE (Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco) e “Ópera”, do Coletivo Angu de Teatro.
Outras linguagens
Na dança, presença também de outras cidades e estados, como Coletivo Trippé, de Petrolina; Geda Cia de Dança Contemporânea, do Rio Grande do Sul, e Carolina Moya com o espetáculo “Eu Não Sou Daqui”, de Piracicaba (SP).
Na música, estão programados shows de aclamados artistas locais, como Mundo Livre S/A, comemorando os 30 anos do Manguebeat; Almério, com o show “Tudo é Amor”; Silvério Pessoa, com “Sangue de Amor”; Martins com seu “No Parque”, Beto Hortis, que estreia seu projeto instrumental, e Vertin Moura, multiartista arcoverdense que encerra, no JGE 2023, a turnê estadual do seu segundo disco, “Pássaro Só”.
As artes circenses também terão representantes no Janeiro dos Grandes Espetáculos. O mágico Rapha SantaCruz traz “Abracasabra”, combinando humor e interatividade. Já a tradicional companhia recifense Dois em Cena chega com “Enquanto Godot Não Vem”. Recifense também é a Cia. Devir, com “Experimento VI: Isso (Não) é um Número de Circo!?”, espetáculo que tem como base referências autobiográficas dos artistas no palco.