Manifestação

Manifestação pró-democracia fecha os dois sentidos da Avenida Paulista

Trecho interditado chegou a sete quarteirões, e houve cobrança pela deportação do ex-presidente Jair Bolsonaro após os ataques em Brasília

Ato pró-democracia na Avenida Paulista - Roberto Parizotti/Fotos Públicas

Os dois sentidos da Avenida Paulista estão ocupados por manifestantes pró-democracia que participam do ato convocado por movimentos sociais após a destruição das sedes dos três Poderes neste domingo, em Brasília. O bloqueio na Paulista ia da Rua da Consolação até a Rua Pamplona, um grande trecho da avenida de sete quarteirões. As áreas mais cheias atingiam cerca de dois quarteirões.

Os manifestantes, porém, estão mais aglomerados nos dois quarteirões entre o MASP, onde está parado o único carro de som. Algumas pessoas trajando camisas do Palmeiras usaram sinalizadores e fogos de artifício. Até as 20h, o clima da manifestação era pacífico.

Famílias com crianças e cachorros eram vistos ao longo da via. Alguns manifestantes exibiam a cartazes com a capa da Constituição e também a bandeira do Brasil. A multidão começou a se movimentar para descer a Rua Augusta por volta das 20h15m. O ato será encerrado na Praça Roosevelt, na região central da cidade.

O músico Edson Piza, de 31 anos, exibia um cartaz que, segundo ele, gostaria que surtisse efeito nos Estado Unidos, para onde o ex-presidente Jair Bolsonaro viajou em dezembro. Ele era um dos participantes na manifestação pró-democracia.

"Quero que a mensagem chegue lá e que ele seja preso, após julgamento pelas leis brasileiras", afirmou.

Os gritos ouvidos em toda manifestação eram recorrentemente de “ão ão ão Bolsonaro na prisão” e “sem anistia”.

Torcidas rivais unidas
Torcedores de grandes times do futebol paulistano também se encontraram. Alguns manifestantes exibiam camisas do Corinthians, São Paulo e Palmeiras. A presença foi incentivada pelas torcidas organizadas dos clubes.

Bruno Corvach, de 21 anos, diz que a união dos times é “o mínimo” que os torcedores podem fazer. "Chega de ficar se matando. Este é um momento de revolução, contarei para minha filha, quando ela crescer, o que vivemos aqui", contou.