Onda de Covid na China não deve ter "impacto significativo" na Europa, diz OMS
Diretor regional da organização para o continente aponta que subvariantes da Ômicron que circula na China já está presente em nações europeias há um tempo
O atual surto de casos do novo coronavírus na China "não deve ter um impacto significativo na situação epidemiológica da Covid-19 na região europeia", disse o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente, Hans Kluge, em coletiva nesta terça-feira (10).
Segundo Kluge, a avaliação deve-se ao fato de as versões da Ômicron por trás dos diagnósticos chineses já circularem na Europa há um tempo. Na última semana, o Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução de Vírus da OMS (TAG - VE) reuniu-se para abordar a situação sanitária na China e afirmou que as amostras do coronavírus sequenciadas no país indicam a predominância das linhagens BA.5.2 e BF.7.
"Nenhuma nova variante ou mutação de significado conhecido é observada nos dados de sequência disponíveis publicamente", disse o comunicado do TAG - VE. Porém, os especialistas reforçaram a importância do monitoramento para identificar rapidamente o surgimento de novas subvariantes e a resposta a elas.
"Manter altos níveis de vigilância genômica representativa na China e no mundo, anotar sequências genômicas com metadados clínicos e epidemiológicos relevantes e compartilhar rapidamente esses dados são os pilares da avaliação de risco global oportuna".
Ainda assim, no contexto em que não há novas sublinhagens identificadas na China, Kluge pediu às nações europeias que tomem medidas "proporcionais e não discriminatórias" em relação aos viajantes procedentes do país. O apelo vem após uma série de nações estipularem regras específicas direcionadas a pessoas que chegam do país asiático, como a obrigatoriedade de testes negativos.