Objetos depredados no STF são oferecidos em sites de comércio eletrônico
Porta do armário do ministro Alexandre de Moraes e cadeira da Suprema Corte foram anunciados em plataformas que vendem produtos usados
Vendedores têm usado plataformas de comércio eletrônico para anunciar objetos que foram depredados no Supremo Tribunal Federal (STF). Sites exibiram anúncios da porta do armário onde ficava a toga do ministro Alexandre de Moraes e também uma poltrona usada pelos magistrados no plenário da Suprema Corte, acompanhada do brasão da República.
O assento foi anunciado pelo valor de R$ 1 mil, na OLX. A descrição diz que se trata de uma "cadeira gamer + quadro". E a foto mostra a imagem da poltrona do lado de fora do STF, para onde foi levada por extremistas que invadiram o prédio do Judiciário.
Um outro anúncio na OLX mostra a "porta conservada mesmo modelo do Alexandre de Moraes". O objeto é vendido por R$ 250. "Vendo uma porta bem conservada", diz o vendedor. "Passo cartão", acrescenta.
Uma porta chegou a ser anunciada no Mercado Livre como se fosse a original. A peça custava R$ 20 mil, aceitava pagamento parcelado, mas não apresentava garantia ao comprador.
O Mercado Livre retirou o anúncio do ar. Procurada pelo GLOBO, a empresa informou que "independentemente da consistência e veracidade, todos os anúncios em questão estão sendo excluídos e seus respectivos vendedores banidos da plataforma".
A empresa acrescentou que proíbe a venda de produtos originados de atos de violência, que incitam ódio contra as instituições democráticas, e em desacordo com a legislação.
Por meio de nota, a OLX informou que "os anúncios foram retirados assim que identificados e os usuários banidos da plataforma".