Protesto no Peru

Aeroporto de Cusco, centro do turismo no Peru, é fechado por ameaça de protestos

Manifestantes pedem a renúncia da presidente peruana Dina Boluarte

Protestos no Peru - Juan Carlos Cisneros / AFP

O aeroporto internacional da cidade de Cusco, meca do turismo mundial por Machu Picchu, suspendeu suas operações por tempo indeterminado para evitar ataques de manifestantes que pedem a renúncia da presidente peruana Dina Boluarte, anunciou o governo nesta quinta-feira (12).

“O Ministério dos Transportes e Comunicações informa que, como medida preventiva, o Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete suspenderá temporariamente suas operações”, publicou a pasta no Twitter.

A decisão foi tomada devido ao alto risco de que o terminal aéreo fosse tomado por milhares de manifestantes que marchavam pela cidade andina nesta quinta-feira, após uma tentativa na véspera.

O aeroporto é vigiado por policiais e militares e é o segundo mais movimentado no Peru. Os voos entre Lima e Cusco chegam a quase 100 por semana.

Durante os protestos desta quarta-feira, centenas de moradores, muitos deles camponeses, tentaram chegar ao aeroporto como parte de uma mobilização para exigir a saída da presidente.

A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, que atirava pedras contra os agentes com "huaracas" (espécie de estilingue). O saldo: um líder camponês morto e mais de 50 feridos, incluindo 19 policiais, segundo a Defensoria do Povo.

É a segunda vez que o aeroporto fecha desde que começaram os protestos, há pouco mais de um mês, que até agora deixaram pelo menos 42 mortos. Em dezembro, o terminal aéreo ficou cinco dias sem funcionar.