Pacheco entrega a Aras representação contra 38 golpistas presos no Congresso
Procurador-geral da República disse que até a próxima terça (17) decidirá sobre oferecimento de denúncia
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entregou nesta sexta-feira (13) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma representação contra 38 pessoas detidas pela Polícia Legislativa nos atos golpistas de 8 de janeiro. Entre as sugestões da Advocacia-Geral do Senado, estão a prisão e o bloqueio de bens dos envolvidos no ataque terrorista. No encontro, Aras disse que até a próxima terça-feira (17) a procuradoria decidirá sobre oferecimento de denúncia sobre os suspeitos de participar dos ataques ao Congresso.
No último domingo (8), foram detidos 39 manifestantes radicais que deixaram um rastro de destruição no Senado, mas, segundo O Globo apurou, quatro deles ficaram fora da representação. A identificação dos envolvidos foi mantida em sigilo pelo Senado
Nosso objetivo e nosso desejo é que haja o máximo de empenho do Ministério Público Federal, todo ele que é uno e indivisível, desde o procurador geral até as instâncias nos estados do Ministério Público Federal, para coibirmos em repreensão esses fatos e evitarmos que outros fatos possam acontecer a partir de algum sentimento de impunidade que possa surgir, disse Pacheco.
O presidente do Congresso também propôs medida cautelar para o sequestro de bens bloqueio de ativos para o ressarcimento dos danos causados pelos vândalos. No Senado, a estimativa é um prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões.
O procurador-geral, por sua vez, disse que o grupo estratégico criado para apurar os atos terroristas do dia 8 de janeiro vai trabalhar ao longo do fim de semana para que providências imediatas sejam tomadas a partir da representação apresentada pelo presidente do Congresso. Segunda Aras, o objetivo é que até terça-feira ocorra o oferecimento das denúncias.
Nós vamos nos debruçar com rapidez e com a confiança de que é preciso responder aos fatos que o nosso maior valor constitucional é a democracia, disse Aras. Neste momento o nosso Ministério Público Federal está totalmente voltado para apuração dos responsáveis, identificação dos responsáveis e buscar a punição dos culpados, completou.