Após atos em Brasília, PM de SP implanta revista antibombas para liberar veículos na sede do governo
Procedimento passou a ser adotado nesta semana no Palácio dos Bandeirantes
Após o quebra-quebra do último domingo em Brasília, a Polícia Militar de São Paulo implementou uma revista antibombas na porta de entrada para veículos do Palácio dos Bandeirantes. A medida faz parte do reforço na segurança implementada na sede do governo paulista para evitar a repetição de atos de vandalismo como os que ocorreram nos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na manhã desta sexta-feira, a polícia só liberava a entrada dos carros após um policial circundar os veículos com um bastão com detector de bombas. O procedimento é rápido e leva menos de um minuto.
Para proteger os prédios dos poderes estaduais de eventuais ataques, o secretário estadual de Segurança, Guilherme Derrite, também anunciou aumento de efetivo policial na Assembleia Legislativa e no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Embora Tarcísio de Freitas seja aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador tem moderado o discurso e adotado a estratégia de se afastar do bolsonarismo raiz. No dia dos atos de Brasília, apoiadores chegaram a cobrar o governador a defender as manifestações e ameaçaram fazer uma marcha até a sede do governo. Em vão. Ainda assim, a PM de São Paulo desfez os acampamentos de bolsonaristas radicais sem realizar nenhuma prisão.
O aumento da preocupação com a segurança dos prédios públicos em São Paulo, no entanto, não é tão recente. No ano passado, o Palácio dos Bandeirantes passou a contar com sistema de reconhecimento facial para melhorar o controle de entrada e saída dos funcionários. E a sede da Secretária de Administração Penitenciária passou a contar com sistema antidrones, caso algum aparelho do tipo tente sobrevoar o seu perímetro.