"Meu CPF é um, o CPF do presidente Bolsonaro é outro", diz Arthur Lira sobre investigação
A declaração foi resposta à uma pergunta sobre a inclusão de Bolsonaro em um inquérito que investiga a possível instigação dos atos terroristas
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira que seu "CPF" é diferente do ex-presidente Jair Bolsonaro e que "cada um responde pelo que faz". A declaração foi feita em resposta a uma pergunta sobre a inclusão de Bolsonaro em um inquérito que investiga a possível instigação dos atos terroristas do dia 8 de janeiro.
— Acho que cada um responde pelo que faz. Meu CPF é um, o CPF do presidente Bolsonaro é outro. Nós temos que ter calma nesse momento e investigar todos os aspectos — afirmou Lira, em entrevista coletiva.
Bolsonaro foi incluído no inquérito na sexta-feira, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A motivação do pedido foi o fato do ex-presidente ter compartilhado um vídeo que sugeriu que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fraudada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente fez a publicação na noite de segunda-feira, mas apagou a postagem horas depois.
Por outro lado, Lira afirmou que não viu incitação ao crime por parte dos deputados federais eleitos André Fernandes (PL-CE) e Clarissa Tércio (PP-PE), alvos de um pedido de abertura de inquérito por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O presidente da Câmara também citou o deputado eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) na lista, mas o pedido da PGR cita outra parlamentar, Silvia Waiãpi (PL-AP).
— Eu não vi, nos três parlamentares, vou citá-los, deputado Nikolas, deputado André e deputada Clarissa, nenhum ato que corroborasse com os inquéritos — afirmou ele, acrescentando: — Não vi a Silvia. Me falaram esses três.