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Lira apresenta notícia-crime sobre atos terroristas a Aras: "Esperamos que o MP cumpra o seu papel"

Investigações dos atos de vandalismo contra as sedes dos três poderes está sendo conduzida por um Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos criado pela PGR

Aras e o subprocurador-geral da República Carlos Frederico recebem o presidente da Câmara, Arthur Lira, na sede da PGR - Leonardo Prado / Secom / MPF

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), se reuniu nesta segunda-feira (16) com o procurador-geral da República, Augusto Aras, para apresentar notícia crime com informações sobre os atos terroristas no ultimo dia 8. Lira colocou a advocacia da Casa à disposição do Ministério Público Federal (MPF) para auxiliar o trabalho de investigação, inclusive com o fornecimento de materiais que possam servir de prova contra os invasores, como vídeos do sistema interno de segurança e o resultado de perícias realizadas no prédio.

Esperamos que o Ministério Público cumpra o seu papel e promova a responsabilização não só por causa da depredação, que é grave, mas sobretudo por causa do atentado sofridos pelas instituições, afirmou.

Pela manhã, Lira disse não ver em inquérito nenhum o envolvimento dos deputados eleitos André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Nikolas Ferreira (PL-MG) nas invasões aos prédios dos Três Poderes. Ele evitou afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser investigado por invasões.

Cada um responde pelo que faz. Meu CPF é um. O CPF do presidente Bolsonaro é outro. Temos que ter calma nesse momento e investigar todos os aspectos. Nossa fala não muda: todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos.

Ele comentou o caso de Abílio Brunini (PL-MT), que negou estragos na Câmara por invasões golpistas.

Um parlamentar eleito não pode divulgar fatos que não condizem com a realidade.

Senado fez procedimento semelhante
Procedimento semelhante ao realizado por Lira nesta segunda foi feito na última sexta-feira, desta vez envolvendo dados referentes aos estragos verificados no Senado. As investigações dos atos de vandalismo contra as sedes dos três poderes está sendo conduzida por um Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos criado por Aras com o objetivo de agilizar o trabalho e a apresentação de ações penais contra todos os responsáveis pelos atos.

As investigações dos atos de vandalismo contra as sedes dos três poderes estão sendo conduzidas por um Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos criado por Aras com o objetivo de agilizar o trabalho e a apresentação de ações penais contra todos os responsáveis pelos atos. O PGR explicou que o Ministério Público está atuando em várias frentes para garantir a adequada apuração e responsabilização dos envolvidos e que já estão prontas as primeiras ações penais contra envolvidos.

Nos casos em que não for possível a apresentação imediata de denúncia, serão solicitados inquéritos contra suspeitos.