Decisão

Lula demite militares nomeados por Bolsonaro para Comissão de Anistia da ditadura militar

Dentre os excluídos estão nomes como o do general Rocha Paiva, amigo do coronel Brilhante Ustra

Sergio Lima / AFP

Os militares indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a Comissão de Anistia não fazem mais parte do colegiado. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afastou os militares bolsonaristas, que pretendiam reverter o entendimento de que houve perseguição política contra militantes da esquerda durante a ditadura.
Dentre os excluídos estão nomes como o do general Rocha Paiva, amigo do coronel Brilhante Ustra, apontado como torturador do Doi-Codi de São Paulo e elogiado por Bolsonaro em diversas ocasiões. O ex-integrante do colegiado chegou a definir Ustra como um “herói”.

A Comissão, que foi criada há duas décadas, tem como uma das finalidades analisar pedidos de reparação de perseguidos políticos pelo Estado, entre os anos de 1946 e 1988.

Enquanto esteve sob a gestão de Bolsonaro, a comissão, entre outras coisas, negou indenização de anistia política a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), torturada por Ustra. Com a não eleição do ex-capitão, o caso de Dilma agora deve ser analisado pela nova formação do órgão.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi o responsável pela escolha dos novos nomes que passam a compor a Comissão de Anistia.