Terrorismo bolsonarista

Vídeo de segurança da Câmara mostra tentativa de golpistas de atear fogo em prédio; assista

Imagens divulgadas pela Câmara mostram cenas inéditas dos ataques terrorista ao Congresso

Imagens divulgadas pela Câmara mostram destruição - Divulgação/Câmara dos Deputados

Novos vídeos divulgados pela Câmara dos Deputados mostram as ações dos terroristas durante as depredações do dia 8 de janeiro. Nas imagens, é possível ver um dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ateando fogo ao sistema de informática da Casa, outro usando um extintor de incêndio para quebrar a porta sala da liderança do PT e um grupo destruindo uma maquete do Congresso que fica no Salão Verde.

De acordo com a Casa Legislativa, os bombeiros conseguiram controlar o incêndio na sala de informática a tempo de evitar um estrago maior. Ainda segundo a Câmara, o outro vândalo, que quebrou a porta da sala do PT, fugiu antes da chegada dos policiais. Os vídeos também mostram os golpistas atacando com sinalizadores, porretes e estilingues com bolas de aço.

O “Fantástico” exibiu no domingo imagens exclusivas da violência praticada por bolsonaristas radicais na invasão do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro. Cenas gravadas por câmeras de seguranças do circuito interno do Planalto mostram os golpistas destruindo obras de arte, quebrando vidraças e arrancando as cortinas da sede do Poder Executivo.

Uma das imagens mostra a tela de Di Cavalcanti, considerado um dos maiores nomes do modernismo brasileiro, levando sete golpes em sequência de um mesmo homem. Embora tenha sido avaliada em R$ 8 milhões, segundo o galerista e curador Max Perlingeiro, especialistas afirmam que a obra tem um “valor simbólico agregado”, que pode superar o montante estimado.

Assista:

Outra peça histórica destruída foi o relógio de Baltazar Martineu, relojoeiro francês do século XVII que trabalhou para o rei francês Luís XIV, trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808. As cenas exibem um homem vestido com uma camiseta de Bolsonaro derrubando o objeto com força no chão. O golpista, cujo rosto não está escondido, ainda tenta quebrar a câmera de segurança com um extintor, mas não consegue.

Imagens das câmeras de segurança do Senado revelada pelo GLOBO na semana passada também mostram cenas explícitas de vandalismo e depredação do patrimônio público enquanto agentes tentam, sem sucesso, conter o terrorismo sem precedentes na história do país.

A invasão de golpistas se iniciou pelo Salão Negro, espaço onde ocorrem solenidades e que também serve como entrada do Senado. Três seguranças observam os manifestantes subirem a rampa do Congresso. Quando as primeiras vidraças começam a ser quebradas, eles correm para se proteger da violência dos invasores.