CULTURA

Coletivo Amostradas marca a primeira Feira de amostras no Mercado Eufrásio Barbosa

Moda, fantasias e acessórios de carnaval, artesanato figurativo de Caruaru e brinquedos pedagógicos marcarão presença no evento

Cris Loureiro da Além das ideias - Divulgação

O Coletivo Amostradas, fundado em setembro de 2020 pela artesã, e produtora cultural Vanusa Holanda, escolhe para seu primeiro evento físico o salão principal do Mercado Eufrásio Barbosa em Olinda. A feira acontecerá, de forma colaborativa, leve e original como a cidade que a sediará, com mais de 40 mulheres, expondo suas marcas das mais variadas técnicas: costura criativa, crochê, estamparia, cosmética natural, entre outras.

Moda, fantasias e acessórios de carnaval, artesanato figurativo de Caruaru, brinquedos pedagógicos, técnicas contemporâneas do design artesanal, plantas miniaturizadas e ornamentais, decoração, e nas delícias destacamos pães artesanais e bolos especiais; todos produzidas por mulheres pernambucanas.

Será o marco para fomentar a economia criativa proposta por esse grupo e um movimento que visa ser modelo ao dar espaço de total protagonismo à mulher, que, para além da sobrevivência por meio da arte, enxerga no fazer manual uma forma de reverenciar a ancestralidade, de comunicar mudanças e validar sua própria existência de “ser político” e em sentido antagônico ao sistema patriarcal, fazer alianças poderosas com outras mulheres como ela.

A Feira AMOSTRADAS NO MEB ainda contará com uma programação que expressa o conceito desse movimento integrativo: no sábado (21) a feira contará com uma roda de conversa sobre o tema “Do relacionamento abusivo ao empoderamento”, facilitada pela psicóloga Sílvia Albuquerque. Esta também é terapeuta comunitária e consultora em empreendedorismo e cooperativismo.

Logo após, o grupo Barulhinho de Mulher, um projeto formado originalmente em Belo Horizonte/MG, que trouxe para solo olindense a mineira Ana Clara, no intuito de aplicar a ideia por aqui, promove no MEB o seu encontro, no formato de ensaio, onde as mulheres podem tocar diversos instrumentos percussivos ou cantar, numa maneira espontânea de promover o empoderamento por meio da música.

Nesse mesmo dia, receberemos a CIA de Dança Raizes da Mastruz, com “Memória Viva, traço de fé”, de Paudalho. O espetáculo, em formato adaptado para o evento, conta com músicas, parte delas executada ao vivo, uma delas interpretada por uma mulher trans (Aleff Counter) e poemas que tratam de amor e saudade. A direção artística é de Rapha Lima e a produção de Denis Oliveira.

No dia 29, domingo, às 15h, a Feira terá a palestra da professora de doulas Karla Sales, no título “Reprogramando juntas a forma de nascer: humanizar, para melhor gestar, nascer e viver.” Karla também é artesã, mentora, ativista negra, engenheira, aromaterapeuta materno infantil, especialista em posicionamento no pré-natal e fundadora do Projeto Renascer Aldeia.

Sempre às 18h, nos dois dias de evento, finda-se a programação com o DJ Incidental, um produtor musical ativista com responsabilidade em favor de causas antimisoginia, antirracismo, lgbtfobia, dentre outras. Ele faz uma discotecagem fluida, criando trilhas tendo como base a música pernambucana, adicionando pitadas de latinidade .

Durante a programação, em intervalos regulares, serão ministradas Oficinas de Adereços Carnavalescos, com a mestra Lívia Aguiar. Além de artesã é psicóloga de formação e empreende a marca Retalhos de Seda. A diversão para a criançada ficará com Tia Suzana e suas oficinas, em intervalos regulares, que estimulam a criatividade na infância. Ela é psicopedagoga, realiza treinamento para professores, acompanhamento para pais e alunos e empreende a Educar Soluções.

SERVIÇO
Quando: 28 e 29 de janeiro, do meio-dia às 20h
Entrada gratuita para a feira, palestra e roda de conversas. Oficinas pagas.