NO STF

Sobrinho de Bolsonaro que estava em ato golpista é alvo de ação no STF

Coletivo de Direito Popular entrou com uma ação contra Léo Índio

Reprodução/ Instagram

O movimento Coletivo de Direito Popular, que é composto por advogados ligados à Universidade Federal Fluminense (UFF), entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O movimento pede a prisão preventiva de Léo por participar do ato golpista que culminou na depredação das sedes dos três poderes, em Brasília, no último dia 8.

O Coletivo de Direito Popular alega, ainda que Léo Índio, aparentemente, esteve na linha de frente, pois teria sido reprimido e contido pelas forças policiais que teriam utilizado gás de pimenta contra ele. Lembra também que ele postou no Instagram a própria participação no ato golpista, com 12.747 curtidas e 2.289 comentários, evidenciando a sua capacidade de influência e mobilização.

“Diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos, ao final requer seja o 'Noticiado' [Léo Índio] investigado no bojo do Inquérito nº 4879 ou em outros que apurem condutas antidemocráticas, bem como, sugere-se seja requerida a prisão preventiva do mesmo”, diz um excerto da petição.

Na rede social, Léo postou imagens no prédio e escreveu “Focarão no vandalismo certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogêneo”. No ano passado, foi candidato a deputado distrital pelo PL, mas não conseguiu se eleger.

Quem é Léo Índio?
Léo foi a Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca. Depois disso, foi funcionário da liderança do PL no Senado.

Carlos Bolsonaro, primo de Léo, tentou emplacá-lo no Planalto. Queria que ele ocupasse algum cargo na Secretaria de Governo da Presidência da República, mas Léo foi barrado pelo então ministro da pasta, Alberto Santos Cruz.

Auxiliares do ministro, à época, avaliaram que o currículo do rapaz não possuía as qualificações necessárias para o cargo no ministério. Léo não tem graduação e a experiência profissional prévia dele era como vendedor, além de assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na época da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).