Futebol

Dado elogia volume ofensivo, mas prega necessidade de evolução no aproveitamento em gols

Para o técnico, Náutico criou bastante e poderia ter construído uma vitória mais confortável diante do Belo Jardim, nos Aflitos

Dado Cavalcanti, técnico do Náutico - Tiago Caldas/CNC

Mesmo feliz pela vitória do Náutico diante do Belo Jardim, nesta quarta (18), nos Aflitos, pelo Campeonato Pernambucano, o técnico Dado Cavalcanti fez uma ressalva quanto ao aproveitamento ofensivo da equipe em comparação ao volume de chances criadas. O placar de 2x0, na visão do treinador, poderia ter sido mais elástico se a pontaria alvirrubra fosse mais caprichada.

“Tivemos alguns momentos de ansiedade pelo fato de não termos feito gol diante de tanto volume ofensivo no primeiro tempo. Mesmo sendo superior, o placar estava 0x0. Pecamos muito na definição, entre finalização, drible e passe. O preenchimento de área poderia ter sido maior. Várias bolas passaram dentro da área, faltando um pé para empurrar a bola para dentro. Mas no volume ofensivo, fico satisfeito. Corremos quase risco zero de gol do adversário. O controle foi absoluto”, frisou.

Antes dos gols de Matheus Carvalho e Souza, o Náutico acertou a trave duas vezes, sendo uma justamente com o camisa 8, em cobrança de falta. A outra foi com o centroavante Júlio. “Nossa equipe tem um volume ofensivo pesado. Temos criado muitas jogadas, com repertório. Temos atletas por dentro, pelos lados e bolas longas. Em contrapartida, a gente hoje não converteu nem 30% das oportunidades. Essa é a margem de evolução que precisamos. Temos de evoluir nas definições, nas últimas escolhas”, afirmou.



“Existe a condição da lucidez do cara com a bola que não consegue achar o companheiro e existe o companheiro que não consegue ser achado, não ficando bem posicionado para receber o passe e ter uma definição mais clara. O time está se estruturando e vamos evoluir nesse aspecto”, completou.

Paulo Miranda

O técnico também fez questão de elogiar o zagueiro Paulo Miranda, reforço que acompanhou de perto a vitória alvirrubra nos Aflitos. “Dos quatro zagueiros que temos, Denilson era o mais velho, aos 27. Em um sistema tão criticado, com razão, no ano passado, era preciso dar vitalidade ao sistema. Demos isso, mas tínhamos margem para trazer um cara mais vivido. Paulo é isso. Se visualizarmos os últimos anos dele, só jogou Série A. Vem para agregar, somar qualidade técnica e experiência”


O próximo jogo do Náutico é domingo (22), contra o Atlético/BA, no Carneirão, na estreia da Copa do Nordeste.