Reino Unido

Grande greve na saúde pública britânica após anúncio de novas paralisações em fevereiro

Milhares de enfermeiros planejam voltar à greve nos dias 6 e 7 de fevereiro na Inglaterra

Enfermeiras em greve seguram cartazes em um piquete do lado de fora do University College Hospital, em Londres, em 19 de janeiro de 2023 - Daniel Leal / AFP

A saúde pública britânica pode viver a maior greve de sua história em 6 de fevereiro, após o anúncio, nesta sexta-feira (20), de novas greves de funcionários de ambulâncias, que se juntarão aos enfermeiros para exigir melhores condições e salários.

Após dois dias de paralisação histórica em dezembro e outros dois em janeiro, milhares de enfermeiros planejam voltar à greve nos dias 6 e 7 de fevereiro na Inglaterra.

O GMB, sindicato de funcionários de ambulâncias que inclui paramédicos e telefonistas, já havia anunciado na quarta-feira (18) que se juntaria à ação em 6 de fevereiro. E hoje, o sindicato Unite informou que milhares dos seus trabalhadores de ambulâncias também o farão na Inglaterra e no País de Gales, ameaçando gerar a maior greve desde a fundação da saúde pública, em 1948.

O sistema de saúde pública britânico (NHS) está em profunda crise após anos de subfinanciamento sob sucessivos governos conservadores.

O governo conservador de Rishi Sunak acusa os grevistas de colocar os pacientes em perigo e quer introduzir serviços mínimos em algumas áreas.

"Ao invés de agir para proteger o NHS e negociar o fim do conflito, o governo escolheu vergonhosamente demonizar os funcionários de ambulância", disse a secretária-geral do Unite, Sharon Graham, em comunicado.

“Não são os sindicatos que estão violando os níveis mínimos de serviço: é a gestão desastrosa do NHS por este governo que o levou ao ponto de ruptura”, afirmou.

O Unite anunciou na sexta-feira um total de dez novos dias de ação de seus trabalhadores de ambulância em diferentes partes do país entre o final de janeiro e o final de março.