Covid-19

Laboratório pede à Anvisa aprovação de vacina para cepa original e subvariantes da Ômicron

Imunizante que utiliza a tecnologia de RNA mensageiro é focado tanto na cepa original do Coronavírus quanto em duas subvariantes da Ômicron, BA.4 e BA.5

Vacinação - Scott Olson/Getty Images/AFP

A farmacêutica Zodiac — representante da Moderna no Brasil — informou que submeteu nesta sexta-feira, 20, o pedido de registro definitivo da vacina bivalente da Covid-19 junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso será para pessoas acima de 6 anos de idade. A norte-americana Moderna é responsável por desenvolver imunizantes dentro da tecnologia do RNA Mensageiro.

Em nota, o CEO da Zodiac, Alexandre Seraphim, disse estar "entusiasmado", com o avanço para inserir a vacina no Brasil. Com a aprovação em vista, a empresa tem interesse em oferecer o imunizante junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nota, a Anvisa esclarece que a análise de pedidos de registro de vacinas "busca verificar se a relação benefício/risco do produto é satisfatória no contexto epidemiológico atual". A avaliação é feita de forma conjunta pela área de produtos biológicos, farmacovigilância e inspeção e fiscalização. Uma vez aprovado, o registro permite a comercialização, distribuição e utilização do imunizante pela população, nos termos da indicação estabelecida em sua bula.

As negociações internas para que a empresa brasileira entrasse com o pedido junto à Anvisa se estendem há meses: a previsão inicial era de que o pedido fosse realizado no final do primeiro semestre do ano passado. A presença no Brasil faz parte de uma grande movimentação da Moderna para inserir sua vacina no mercado Latino. O acordo com o grupo Adium, da qual a Zodiac faz parte, foi fechado em 2022.

Com o avanço da vacinação, o uso previsto para essa vacina é o de reforço, ou seja, como doses adicionais para os que já iniciaram o esquema com outras vacinas.

A vacina da Moderna utiliza a tecnologia do MRNA mensageiro, tipo de desenvolvimento que utiliza a informações genômicas do vírus para dar ao corpo "instruções" sobre como barrar a evolução da infecção de maneira grave. A inovação foi uma novidade da pandemia da Covid-19 e, de acordo com desenvolvedores, poderá ser irradiada para a criação de vacinas de outras doenças.