Djokovic brilha e vai às quartas do Aberto da Austrália; Sabalenka também avança
O sérvio vai enfrentar Andrey Rublev na próxima fase, enquanto a bielorrussa encara Donna Vekic
Após uma semana mancando, Novak Djokovic parece estar recuperado de lesão na perna esquerda ao vencer o australiano Álex de Miñaur nesta segunda-feira (23) e garantir passagem às quartas de final do Aberto da Austrália.
Depois de três jogos em marcha lenta devido a um desconforto de uma lesão muscular na perna esquerda, Djokovic entrou em quadra determinado a "vencer em três sets" e ir em busca do seu décimo título no torneio em Melbourne.
Em pouco mais de duas horas, o sérvio de 35 anos venceu o adversário pelas parciais de 6-2, 6-1, 6-2 e vai enfrentar o russo Andrey Rublev na próxima fase.
"Joguei a minha melhor partida do ano até agora", afirmou o tenista, acrescentando que "realmente queria vencer em três sets, mas você nunca sabe o que vai acontecer em quadra".
Embora o australiano de 23 anos tenha dito que estava "preparado para a batalha" às vésperas do jogo, a emoção durou apenas quatro partidas, tempo que Djokovic levou para pisar no acelerador para igualar a marca de 22 Grand Slams do espanhol Rafael Nadal.
Com apenas quatro pontos perdidos em quatro jogos, o sérvio fechou o primeiro set e encaminhou a vitória já no segundo, em que um saque direto de De Miñaur tentou diminuir a diferença.
"Se este é o nível, acho que ele certamente levará o título", disse o australiano, que afirma ter conhecido "um Novak muito próximo de sua melhor versão".
- A sorte de Rublev -
O adversário de Djokovic, que acredita estar vivendo "momento mais sortudo da vida", antes mesmo de saber que enfrentaria o sérvio, reconheceu que "ninguém quer enfrentar o Novak".
Número 6 do mundo, Andrey Rublev superou o dinamarquês Holger Rune pelas parciais de 6-3, 3-6, 6-3, 4-6, 7-6 [11/9] em partida que mais parecia uma homenagem ao filme "Match Point" de Woody Allen, o jogo foi decidido em um retorno do russo que, após acertar a rede, morreu no campo de um Rune incrédulo.
"Provavelmente é o meu momento mais sortudo da vida. Agora posso ir a um cassino. Se eu apostar, com certeza vou ganhar", brincou o tenista.
O dinamarquês de 19 anos ainda não havia perdido um set em Melbourne, mas não viveu o seu melhor dia na partida em que terminou com 60 erros não forçados e 12 faltas duplas.
"Isso dói muito. Foi muito apertado, eu tinha minhas opções", mas "a sorte estava do lado dele", lamentou.
O outro confronto das quartas será entre os americanos Ben Shelton, primeiro estreante a chegar a esta fase em 20 anos, e Tommy Paul, que derrotou o espanhol Roberto Bautista.
Após levar a melhor contra o escocês Andy Murray, Bautista foi anulado contra um Paul que, com aces, direitas triunfantes e uma rápida movimentação, acabou vencendo por 6-2, 4-6, 6-2, 7-5.
- Sabalenka imparável -
Em busca da semifinal inédita em Grand Slams, a bielorrussa Aryna Sabalenka vive boa fase no torneio em que está invicta e não concedeu nenhum set.
A número 5 no ranking mundial da WTA avançou às quartas de final da competição pela primeira vez após superar a suíça Belinda Bencic pelas parciais de 7-5, 6-2.
"Estou muito feliz por essa vitória e pelo meu nível de jogo", disse a bielorrussa de 24 anos, que agora enfrenta a croata Donna Vekic na próxima fase.
Em contrapartida, a francesa Caroline Garcia entrou para a lista das favoritas eliminadas (junto com a polonesa Iga Swiatek e a americana Coco Gauff), após cair em dois sets para a polonesa Magda Linette, que enfrentará a tcheca Karolina Pliskova nas quartas de final do Aberto da Austrália.
Como Swiatek um dia antes, Garcia atribuiu o seu baixo rendimento à pressão do favoritismo.
"Tenho que trabalhar para administrar melhor. Minhas próprias expectativas são altas e posso dar um tiro no pé", disse a francesa, que já acumulou 33 erros não forçados.