Crise

Americanas: representante da empresa se reúne pela primeira vez com sindicatos

Trabalhadores pedem prioridade na lista de credores e manutenção de empregos

Fachada das Lojas Americanas - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Treze dias depois do início da crise na Americanas, pela primeira vez um representante da empresa se reuniu com funcionários e dirigentes de Sindicatos de Comerciários de vários estados brasileiros. Estimados em mais de cem mil pessoas entre empregos diretos e indiretos, os trabalhadores vêm manifestando preocupação com o futuro da companhia em conversas nos estabelecimentos e publicações nas redes sociais.

Segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Márcio Ayer, as reivindicações incluem fundamentalmente a preservação dos empregos e dos direitos trabalhistas, mas também a prioridade na lista de credores.

— Até o momento, não há demissões no Rio, mas mantemos diariamente contato com os trabalhadores, preocupados. O clima nas lojas é de apreensão e incerteza. Vamos lutar para que nenhum comerciário seja prejudicado e pague com seu emprego pelo descaso dos empresários da Americanas — afirmou.

No encontro online estavam presidentes e diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários e seus sindicatos filiados), da União Geral dos Trabalhadores (UGT Nacional) e da UGT São Paulo.

Representando a Americanas, o gerente de Recursos Humanos e Relações Sindicais, Lúcio Marques, disse estar otimista com o processo de recuperação judicial apresentado pela empresa.

Ao fim da reunião, Ayer conduziu um encontro só com sindicalistas. Ficou decidido que haverá um ato no Rio de Janeiro pela preservação dos empregos e dos direitos trabalhistas dos empregados da Americanas. Local e data da manifestação ainda serão definidos.