BRASIL

PF faz operação para prender 11 pessoas envolvidas em atos golpistas

Cinco pessoas já foram presas, e 27 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em cinco estados e no DF

Atos golpistas em Brasília - Evaristo Sá/AFP

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (27) a terceira fase da operação Lesa Pátria, que busca identificar as pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques golpistas de 8 de janeiro, que provocou a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes. Até o momento, cinco pessoas já foram presas.

Ao todo estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal (STF), nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e no Distrito Federal.

Os mandados de prisão e busca e apreensão:

A PF investiga os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

No Twitter, o ministro da Justiça Flávio Dino celebrou a operação: " A autoridade da lei é maior do que os extremistas", escreveu.

Na última semana, a PF iniciou a primeira fase da operação para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Entre os alvos, estão uma intérprete de libras, um ex-funcionário terceirizado do governo e um influenciador que utilizava um canal na internet para incitar atos antidemocráticos.

Na segunda-feira, o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, flagrado por câmeras de segurança jogando no chão o relógio de Dom João VI durante a invasão golpista do dia 8 de janeiro, foi detido, em Uberlândia, no triângulo mineiro.

As apurações sobre os atos golpistas foram divididas pelos órgãos de investigação em quatro frentes: identificar as pessoas que invadiram e depredaram as sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto; descobrir quem financiou os manifestantes; apurar a omissão de agentes públicos que deveriam zelar pela segurança pública; além de encontrar eventuais conexões políticas entre líderes das manifestações com autoridades.