Governadora em exercício do DF critica proposta de Dino de criar Guarda Nacional
Nova força policial foi proposta pelo ministro da Justiça Flávio Dino em um pacote apresentado ao presidente nesta quinta-feira (26)
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou nesta sexta-feira (27) ser contra a criação de uma Guarda Nacional. A nova força policial foi proposta pelo ministro da Justiça Flávio Dino em um pacote apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (26) com medidas para coibir novos atentados contra as instituições.
Três das propostas apresentadas por Dino envolvem a criação de uma força policial para proteger órgãos federais. As outras abraçam a elaboração de um projeto de lei para punir financiadores de manifestações golpistas e o lançamento de ferramentas para “moderar” conteúdos considerados extremistas nas redes sociais.
Celina criticou que a criação da Guarda Nacional seria mais uma força de segurança para ser administrada pelo governo do Distrito Federal. Ela ressaltou que o que já providenciou as ações que precisavam ser feitas em resposta aos ataques goslpitas de 8 de janeiro, citando o reforço e construção de um novo batalhao da PM.
Não concordamos com essa criação da Guarda, é mais uma força de segurança para ser administrada pelo governo do Distrito Federal, mesmo que seja em parceria com o governo federal. A nossa Polícia Militar dá conta sim, o que faltou no dia 8 foi um comando. A Polícia Militar nunca faltou em todas as manifestações que tiveram aqui. Então não concordamos com a criação dessa Guarda. Então acho que um reforço do batalhão que já providenciamos e a construção de um novo batalhão vão resolver definitivamente esse problema, afirmou Celina.
Celina, no entanto, afirmou que não vê a criação da Guarda como uma “interferência” do governo. Ela defendeu os policiais militares do DF afirmando que são treinados, especializados, e que eles serão acionados em caso de emergência na segurança. A governadora disse, ainda, que o assunto precisará ser discutido com políticos e parlamentares do DF.
Não acredito que seja uma interferência, mas sim mais um comando, porque no momento principal, problema que nós tivemos, a Polícia Militar vai ter que ser acionada. Estamos falando de 15 mil homens e são esses homens que no momento necessário, são homens treinados, temos polícias especializadas. Então, assim, a criação da Guarda Nacional precisa ser discutida com os políticos, os parlamentares, os senadores aqui do Distrito Federal