RACISMO

Comissão antiviolência da Espanha punirá torcedores por insultos contra Vini Jr

Em 30 de dezembro do ano passado, torcedores do Valladolid proferiram insultos racistas contra Vinícius na vitória do Real Madrid por 2 a 0

Vini Jr celebrando o último gol da vitória do Real contra o Atlético - PIERRE-PHILIPPE MARCOU/ AFP

A Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Esporte na Espanha vai punir os torcedores do Valladolid que proferiram insultos racistas contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, em um jogo do Campeonato Espanhol disputado no dia 30 de dezembro.

"A Comissão iniciou os trâmites das propostas de sanção para mais de dez torcedores" do Valladolid, informou o Conselho Superior de Esportes (CSD), órgão do qual a Comissão é dependente, em um comunicado.

A polícia segue recolhendo dados para poder "propor punições, que por sua gravidade terão associadas multas de 4 mil euros e a proibição de acesso a recintos esportivos por um período de um ano para cada um dos identificados", acrescentou o CSD.

Em 30 de dezembro do ano passado, torcedores do Valladolid proferiram insultos racistas contra Vinícius na vitória do Real Madrid por 2 a 0 no estádio José Zorrilla.

A organização do Campeonato Espanhol apresentou uma denúncia nos tribunais de Valladolid por esses insultos, fornecendo "as provas audiovisuais coletadas na investigação feita através de imagens e sons publicados em fontes abertas".

Em uma reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (30), a Comissão Estatal também abordou os incidentes de semana passada, em que um boneco representando o jogador brasileiro foi pendurado em uma ponte como se estivesse enforcado.

A polícia "iniciou uma investigação para a identificação dos autores" do ato, horas antes do jogo entre Real Madrid e Atlético de Madrid pelas quartas de final da Copa do Rei.

"Entre outras linhas de investigação, está sendo trabalhada a visualização das câmeras de vigilância do trânsito na região, assim como as imagens publicadas nas redes sociais", para punir os "autores destes atos desprezíveis de caráter racista, xenófobo e intolerante", afirmou o CSD.