Dia da Saudade: Morada da Paz realiza serviço de apoio aos enlutados
Como um acalento aos enlutados, o Cemitério Morada da Paz oferece o serviço Chá da Saudade durante todo o ano
Celebrado nesta segunda-feira (30), o Dia da Saudade traz recordações de parentes e amigos falecidos, como também as lembranças de tempos bons vividos. Como um acalento aos enlutados, o Cemitério Morada da Paz oferece o serviço Chá da Saudade durante todo o ano, que tem o objetivo de ajudar as pessoas a compartilharem as experiências, dores e superações, refletir e redescobrir a importância da vida.
A iniciativa é realizada pela Psicologia do Luto do Morada da Paz de forma gratuita aos clientes. Segundo a psicóloga especialista em luto Simône Lira, o encontro é um espaço de apoio e escuta, onde as pessoas podem compartilhar suas vidas, sua perda e saudade.
Para participar é preciso fazer a inscrição no site do Morada da Paz. Em seguida, é realizada uma triagem pelas psicólogas especialistas em luto da empresa, para verificar se o mais recomendado é que o cliente participe dos encontros ou seja encaminhado para uma psicoterapia. O enlutado participa conforme a sua necessidade, não existindo a obrigatoriedade de ir.
“O feedback que recebemos dos clientes é que eles nos têm como referência, segurança e uma rede de apoio. A iniciativa do Morada da Paz com o Chá da Saudade ajuda as pessoas a construírem um sentido para a dor que estão sentindo, por isso é tão importante termos esse espaço de escuta e acolhimento para eles”, destacou a psicóloga.
Dia da Saudade
Apesar de ser um sentimento natural, a intensidade do sentir saudade e o modo como isso se articula na vida das pessoas podem ser sinalizadores de possíveis problemas. Quando a saudade paralisa e mantém o outro aprisionado nas memórias e na dor que evoca quando a saudade vem, é fundamental cuidar desses sentimentos e talvez buscar ajuda profissional para melhor compreendê-los.
Para que esse sentimento não se torne prejudicial para a vida dos enlutados, cada um deve encontrar formas de amenizar a saudade, pois não há como mudar a situação de morte.
“Diante da saudade o que a pessoa sente que amenizaria ou que poderia ser um afago? Tem pessoas que quando a saudade aperta fazem coisas que faziam com o ente querido que partiu. Já outras buscam a espiritualidade neste momento. Não dá para a gente ter uma receita em relação a isso. Buscar maneiras de amenizar a saudade é um caminho para que ela seja saudável”, ressaltou Simône Lira.
Homenagem
Para homenagear a memória do seu irmão Raphael, que partiu em janeiro de 2021, o delegado Diego Acioli resolveu produzir um livro.
“Convidei parentes, amigos próximos e profissionais da sua área profissional para escreverem histórias vividas ao lado dele. Nas belas memórias afetivas, os autores dividiram as lembranças de momentos felizes, emocionantes e engraçados. Uma verdadeira viagem no tempo que mostra o pequeno Raphael e suas peripécias na escola, o adolescente que se já comunicava com desenvoltura diante de todos e o jornalista brilhante que foi”, contou.
Acioli diz que teve a ideia de escrever o livro no dia do velório, quando naturalmente surgiram várias histórias das pessoas. “Uma história foi puxando a outra e diante de tantas que escutamos naquele momento, imaginei que daria um livro”, explicou.
“Recordar do que vivenciamos ao lado de Raphael é um modo de ele se fazer sempre presente junto à família e aos amigos. O sentimento que tivemos com o livro pronto foi de que realmente fizemos uma bela homenagem e que onde ele estivesse, estaria vendo e compartilhando conosco aquele momento de alegria e emoção na leitura das histórias”, salientou o delegado.