Biden diz que não enviará caças F-16 à Ucrânia
O envio de mais apoio militar aumentou as esperanças de que Kiev comece a receber caças F-16 para reforçar sua força aérea
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na segunda-feira (30) que não enviará caças F-16 à Ucrânia para ajudar na guerra contra a invasão russa.
"Não", respondeu o presidente americano ao ser questionado por jornalistas na Casa Branca sobre se era favorável ao envio desses aviões de guerra, que, segundo as autoridades ucranianas, seriam as armas mais importantes para lutar contra Moscou.
Depois de sérias divisões, as nações ocidentais finalmente concordaram na semana passada em enviar tanques modernos com padrões da Otan, uma das armas mais poderosas em seus exércitos convencionais.
O envio de mais apoio militar aumentou as esperanças de que Kiev comece a receber caças F-16 em breve para reforçar sua força aérea, muito enfraquecida. Isso, no entanto, continua sendo uma questão de debate acalorado no Ocidente.
À medida que o aniversário de um ano da invasão russa da Ucrânia se aproxima, em 24 de fevereiro, há expectativas crescentes de que Biden viajará para a Europa como uma demonstração de apoio à aliança com a Ucrânia.
"Irei para a Polônia, embora não saiba quando", disse Biden a repórteres quando questionado sobre uma possível visita.
Os líderes europeus se mostraram abertos à ideia de enviar caças avançados, embora a Ucrânia ainda não tenha solicitado os equipamentos de maneira formal.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse na segunda-feira que não descarta a possibilidade de enviar aviões de combate à Ucrânia, mas fez uma advertência sobre o perigo de escalada do conflito.
Macron conversou com o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, que já apresentou a ideia de enviar F-16 do país.
"Não há tabu, mas seria um grande passo", afirmou Rutte.
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país não enviará munições à Ucrânia e propôs a criação de grupo de paz para acabar com o conflito, ao receber o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
O Brasil é um país de paz", afirmou na segunda-feira em uma entrevista coletiva conjunta no Palácio do Planalto. "Minha sugestão é que a gente crie um grupo de países que sente na mesa com a Ucrânia e a Rússia para tentar chegar à paz", acrescentou.