RIO DE JANEIRO

Operação desmonta esquema de pirâmide financeira que tinha como alvos servidores civis e militares

Ricardo Wagner, ex-presidente do Conselho Fiscal Alvinegro, foi preso

Ricardo Wagner de Almeida - divulgação/Polícia Civil do RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã desta quarta-feira, uma operação contra um esquema criminoso de pirâmide financeira que deixou dezenas de vitimas. Agentes da Delegacia de Defraudações (DDEF) buscam cumprir um mandado de prisão e dez de busca e apreensão em diversos endereços do Estado do Rio. Ricardo Wagner de Almeida, que já presidiu o Conselho Fiscal do Botafogo, e era responsável pela empresa Futura Invest, foi preso pelos crimes de estelionato e organização criminosa. Segundo a polícia, o esquema causou prejuízos de milhões de reais.

Os integrantes do grupo tiveram mandados de prisão expedidos pelos crimes de estelionato e organização criminosa. Ricardo Wagner foi encontrado pelos policiais em Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Documentos e aparelhos eletrônicos foram apreendidos pelos agentes.

Como funcionava o golpe
Os integrantes usavam as empresas Futura Agenciamento de Negócios Eirelei, a Futura Invest, e a RW Eireli e prometiam investimentos com altos lucros às vítimas, que eram preferencialmente servidores públicos civis e militares.

Esses supostos investimentos seriam feitos em aplicações de capital, criptomoedas e na bolsa de valores. Os suspeitos exigiam que os clientes firmassem um contrato de prestação de serviços com previsão de elevada taxa de retorno sobre o total do valor aplicado.

Nos primeiros meses, segundo a polícia, as vítimas recebiam os percentuais prometidos, mas ao longo do tempo as parcelas não mais eram pagas, caracterizando o denominado golpe da pirâmide financeira.