EUA

Republicana Nikki Haley se prepara para desafiar Trump pela Casa Branca

Se suas ambições se concretizarem, Haley se tornará em meados de fevereiro a primeira candidata de peso a desafiar o ex-presidente Trump

Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley - Stephanie Keith / Getty Images NA / AFP

Nikki Haley, ex-embaixadora dos Estados Unidos ante a ONU, informou nesta quarta-feira (1º) a seus seguidores que fará um "anúncio especial" neste mês, o que indica sua possível participação na disputa entre os republicanos pela candidatura à Casa Branca.

"Minha família e eu temos um grande anúncio para compartilhar com vocês em 15 de fevereiro", disse a ex-diplomata de 51 anos pelo Twitter, ao convidar seus apoiadores para um encontro nessa data na Carolina do Sul, estado que governou entre 2011 e 2017.

Haley, designada por Donald Trump para a ONU em janeiro de 2017, cargo que ocupou até outubro de 2018, flerta há várias semanas com a ideia de se declarar candidata dos republicanos para a eleição presidencial de 2024.

Se suas ambições se concretizarem, Haley se tornará em meados de fevereiro a primeira candidata de peso a desafiar o ex-presidente Trump (2017-2021), que ainda não conta com o impulso que esperava para sua campanha.

Trump reagiu publicando um vídeo em sua rede, Truth Social, no qual Nikki dizia meses atrás que não disputaria a candidatura com o milionário republicano. "Nikki tem que seguir seu coração, não a sua honra. Ela, definitivamente, deveria concorrer!", diz a publicação, aparentemente calculada para questionar a lealdade dela.

Alvo de várias investigações, Trump também enfrenta dificuldades para arrecadar fundos para a campanha. Poderá, no entanto, se beneficiar em breve do levantamento da suspensão de suas contas no Facebook e Instagram, alto-falantes muito valiosos.

Além de Haley, o ex-vice-presidente de Trump, Mike Pence; seu ex-chefe da diplomacia, Mike Pompeo; o governador da Virgínia, Glenn Youngkin; e o senador Tim Scott, entre outros, competem pela candidatura do Partido Republicano nas eleições presidenciais, uma disputa que deve ser apertada.

Todos os holofotes estão sobre Ron DeSantis, governador da Flórida e estrela em ascensão do partido, que não anunciou oficialmente sua intenção de concorrer ao cargo.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse ter a "intenção de voltar a se candidatar" pelo Partido Democrata, e prometeu tornar pública sua decisão no começo deste ano.

Especialistas políticos acreditam que Biden possa fazer o anúncio no fim de seu discurso sobre o estado da União, tradicional balanço geral que os presidentes apresentam aos parlamentares, previsto para 7 de fevereiro.

Nenhum democrata manifestou até o momento sua intenção de desafiá-lo pela indicação do partido.