CULTURA PERNAMBUCANA

Lideranças da cultura periférica se reúnem com o secretário de Cultura do Estado, Silvério Pessoa

À frente da gestão na Secretaria de Cultura de Pernambuco, Silvério se reuniu com lideranças nesta quinta-feira (2), no Teatro Arraial Ariano Suassuna

Silvério Pessoa, secretário de Cultura de Pernambuco - Felipe Souto Maior

Lideranças artísticas da periferia, com o intuito de construção de propostas que atendam às necessidades dos fazedores de cultura em favelas e comunidades do Estado, foram reunidas nesta quinta-feira (2), no Teatro Arraial Ariano Suassuna, a convite do secretário de Cultura de Pernambuco, Silvério Pessoa.

À frente da pasta, Silvério Pessoa, nome de peso da Cultura Popular, já havia adiantado em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, na ocasião de sua nomeação para a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), no último mês de janeiro, que a arte periférica seria um dos seus focos na gestão. "Quero expor, dar mais visbilidade", adiantou.

 

A reunião de ontem reuniu pelo menos 60 lideranças da periferia ligadas a grupos culturais, produtoras e movimentos sociais de regiões diversas de Pernambuco. Outro encontro, no último 26 de janeiro, já havia acontecido entre o secretário e nomes à frente da cultura de periferia, fato que reforça a ideia de estreitar os laços entre o poder público e o setor. 

"São narrativas que podem ser mais agraciadas com projetos, festivais, e mais preocupação, inclusive com criação de comissão para ouví-las", acrescentou Silvério, quando questionado à época da conversa com a Folha de Pernambuco, sobre suas ideias à frente da pasta, com a Cultura Popular (e periférica) do Estado.

Momento de escuta
No Teatro Arraial Ariano Suassuna, o encontro serviu, essencialmente, como um momento de escuta de artistas e fazedores de cultura, ao mesmo tempo em que demandas de comunidades que perfazem a Região Metropolitana do Recife (RMR) assim como interior pernambucano, começaram a vir à tona.

Entre os presentes, nomes como Zé Brown, Gilmar Bola 8, Altamiza Melo - coordenadora da Central única das Favelas (Cufa) - integraram o rol de participantes do encontro. 

Crédito: Felipe Souto Maior

"Depois de uma pausa abrupta, por motivos pandêmicos e do Brasil, a cultura popular volta a respirar um ar de renovação e possibilidades. Fiquei várias vezes emocionado e acredito que para um início de ciclo de gestão, foi muito importante este encontro", afirmou Silvério.

Novos polos para fomento e produção cultural, parcerias com prefeituras projetos educacionais voltados ao fomento cultural em escolas da rede pública de ensino, estiveram na pauta da reunião.