Anderson Torres pede revogação de prisão ao STF e afirma que militares do GSI não agiram
Advogados do ex-ministro também citaram recusa de ex-comandante do Exército em desmobilizar acampamento
Os advogados do ex-ministo e ex-secretário Anderson Torres pediram nesta segunda-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da prisão preventiva a que ele está submetido. A defesa de Torres alega que ele não teve relação com as falhas de segurança que permitiram os atos terroristas do dia 8 de janeiro e a apontou uma possível omissão do Exército e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgãos militares.
Na petição, endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados afirmam que "não mais se nega" que os militares do GSI "não agiram para impedir os atos". Eles também afirmam que o Exército não permitiu a desmobilização do acampamento que havia em frente ao seu Quartel-General, ressaltando que isso contribuiu para a demissão do ex-comandante Júlio César de Arruda.
"A desmobilização do acampamento pela PMDF foi impedida pelo General Júlio César de Arruda, um dos fatos que ensejaram, inclusive, o seu afastamento, no dia 21 de janeiro. Hoje, não mais se nega: os militares do Gabinete de Segurança Institucional(GSI) não agiram para impedir os atos", diz o documento.
Para os advogados, há a "ausência de elementos mínimos que indiquem indício suficiente de autoria por parte" de Torres, e que por isso a prisão merece ser relaxada. A defesa também afirma que o ex-secretário "não representa qualquer risco" à investigação.