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Nikolas Ferreira vira réu por injúria: relembre outros casos de preconceito do deputado

No caso envolvendo a deputada federal Duda Salabert, Nikolas se referiu à parlamentar, uma mulher transexual, pelo pronome masculino

Nikolas Ferreira - Reprodução / Instagram

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se tornou réu por injúria racial contra a também parlamentar Duda Salabert (PDT -MG), mas esta não é a primeira polêmia em que ele se envolve por comentários tidos como preconceituosos.

No começo da semana, o parlamentar foi acusado de gordofobia após compartilhar uma foto da influenciadora Thais Carla vestida de Globeleza , com a legenda "Tiraram a beleza e ficou só o Globo".

Após a postagem, os advogados da influenciadora anunciaram que vão entrar na Justiça contra o deputado e pedir uma indenização de R$ 52.080 por danos morais e uso indevido de imagem.

Estar ocupando o cargo de deputado federal não autoriza o político a violar a legislação vigente no país. Como especialistas em direito de imagem e em crimes cibernéticos, destacamos que a liberdade de expressão não é absoluta. Sendo assim, entendemos que o Sr. Nikolas Ferreira violou, para além da imagem, a honra da nossa cliente, disseram as advogadas Ives Bittencourt e Janaína Abreu, em nota.

Em junho do ano passado, Ministério Público do Estado de Minas Gerais tabém instaurou inquérito para investigar vídeo publicado por vereador Nikolas Ferreira considerado transfóbico. Ele foi acusado de LGBTFobia e violação do artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por expor uma jovem de 14 anos nas redes sociais. Na gravação, o vereador pedia o boicote de uma escola privada de Belo Horizonte por permitir que uma aluna transgênero use o banheiro feminino. O parlamentar chegou a mostrar o momento em que a menor de idade foi questionada por sua irmã, também estudante, dentro do toalete e mencionou o nome da instituição de ensino.

No caso envolvendo a deputada federal Duda, Nikolas se referiu à parlamentar, uma mulher transexual, pelo pronome masculino. O caso aconteceu em dezembro de 2020, ano em que os dois foram eleitos vereadores em Belo Horizonte. A denúncia do Ministério Público foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que determinou ainda que 5ª vara criminal de Belo Horizonte para julgar a queixa-crime.

Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é, disse Nikolas sobre Duda em uma entrevista.

Durante os dois anos que Nikolas e Duda dividiram a tribuna da Câmara dos Vereadores de BH, os embates foram constantes.