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Ibama inicia retomada da reserva Yanomami, com destruição de avião, helicóptero e barcos

Agentes também interceptaram "voadeiras" com duas armas de fogo, uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet

Terra indígena dos Yanomami, local de garimpo ilegal - Divulgação

Agentes do Ibama iniciaram nesta semana a operação para a retomada do território Yanomami, em Roraima. Até agora, agentes do órgão ambiental destruíram um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo de ouro.

Durante a ação, foram apreendidos ainda três embarcações, duas armas de fogo e 5 mil litros de combustível que são usados para mover o maquinário que extrai os minérios do solo amazônico.

Como parte da operação de "asfixia logística", o Ibama e a Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera para impedir o fluxo de insumos aos campos de garimpo.

As "voadeiras" interceptadas — embarcações de alta velocidade utilizadas na atividade ilegal — transportavam uma tonelada de alimentos, freezers, geradores de energia elétrica e antenas de internet.

O Ibama informou que esses equipamentos de telecomunicações serão aproveitados para manter a base de controle montada no rio.

As bases têm a função de impedir o acesso de embarcações munidas de combustível e equipamentos na reserva indígena. Outras devem ser montadas dentro do território com o auxílio de agentes da Funai.

Do ar, o Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama passou os últimos dias sobrevoando pistas de pouso clandestinas e rastreando equipamentos a serem destruídos — foi assim que foram achados a aeronave e o helicóptero incendiados. Segundo o órgão, o trator inutilizado era utilizado pelos garimpeiros para abrirem caminhos pela floresta fechada.