8 de Janeiro

Pacheco diz que atos golpistas não serão esquecidos e promete "consequências severas"

Presidente do Senado fez discurso após um mês de ataques às sedes dos Três Poderes

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado - Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez nesta quarta-feira (8) críticas aos atos golpistas do último dia 8 de janeiro. Em pronunciamento durante a abertura da sessão da Casa, o senador afirmou que "a violência dessa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro".

– Esse episódio deplorável não será esquecido e produzirá consequências severas aos responsáveis. Como já disse, as instituições brasileiras não se eximirão de investigar e punir exemplarmente todos os criminosos envolvidos, direta ou indiretamente, naquela barbaridade – disse o presidente do Senado.

Inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro na eleição de 2022, apoiadores do ex-presidente promoveram um quebra-quebra nas sedes dos Três Poderes. A principal pauta deles era uma intervenção militar para tirar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do cargo.

O discurso de Pacheco acontece porque nesta quarta foi completado um mês do dia que os ataques aconteceram. O tema também foi destaque dos discursos de abertura do ano legislativo na semana passada. Pacheco, Lula e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, falaram sobre o assunto.

Pacheco declarou que a "democracia ainda está de pé" e "sai ainda mais forte depois desse lamentável acontecimento". O chefe da Casa Legislativa também destacou os esforços dos funcionários do Senado para que os reparos na estrutura do prédios fossem feitos.

– Todo o corpo de funcionários, liderados pela nossa diretoria geral, coordenou um trabalho de excelência para recuperar as instalações e reestabelecer as condições de trabalho. A engenharia do prédio está praticamente finalizada. Muitas obras danificadas foram restauradas – disse.

O presidente do Senado avisou também que as sessões da Casa voltarão a ser presenciais. De acordo com ele, os senadores terão que registrar a presença fisicamente no plenário do Senado, mas podem votar de forma online.

– Somente será permitida a votação pelo aplicativo após o registro de presença do senador ou da senadora nas dependências físicas do Senado Federal – declarou.

Pacheco afirmou ainda que os discursos por videoconferência somente serão permitidas durante " sessões especiais ou de debates temáticos e nas reuniões das comissões destinadas à realização de audiências públicas ou nas arguições públicas de autoridades".