Carnaval 2023

No Dia do Frevo, ruas do Recife têm apresentações de orquestras e blocos líricos

Desde as 7h, o frevo ecoa por diversos pontos da capital pernambucana

Dia do Frevo no Marco Zero, Bairro do Recife - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

No Dia do Frevo, comemorado nesta quinta-feira (9), ruas do Recife amanheceram com uma trilha sonora especial. Desde as 7h da manhã desta quinta, o frevo – manifestação cultural considerada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco – ecoa por diversos pontos da capital pernambucana. As comemorações do Dia do Frevo contaram com a participação de orquestras de frevo, blocos líricos, passistas e representantes de diversos grupos culturais e agremiações.

Na semana que antecede a abertura oficial da Folia de Momo, época do ano em que o frevo ganha protagonismo, os clarins soaram primeiro às 7h na Avenida Conde da Boa Vista, região central do Recife.

No Marco Zero, polo central do Carnaval da capital, turistas e foliões acompanharam as apresentações e frevaram ao som das orquestras. “Eu não sabia que hoje era o Dia do Frevo. Foi uma grata surpresa. É uma explosão de cores, a gente fica muito feliz e deslumbrado com tanta música, com os passos maravilhosos que os pernambucanos fazem”, disse a funcionária pública Irlei Santos, que veio de Vitória (ES).
 


Ao longo da manhã, houve apresentações de grupos culturais na Praça de Casa Forte e Largo da Encruzilhada, ambos na Zona Norte; na Avenida Agamenon Magalhães; no bairro de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife; e na Estação Central do Metrô.
Encerrando a programação, o Bloco Lírico Compositores e Foliões e a Banda de Pau e Corda Império Frevo Orquestra animaram as imediações do Pátio do Livramento, no bairro de São José.

Dois “dias do frevo”
A data escolhida para as comemorações do Dia do Frevo está relacionada a um fato histórico: a primeira citação ao termo “frevo”, referindo-se ao ritmo pernambucano, na imprensa local. O registro é de 9 de fevereiro de 1907; na ocasião, o extinto Jornal Pequeno usou “frevo” ao anunciar um ensaio do Clube Empalhadores do Feitosa.

A data marca, ainda, o dia em que o ritmo tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2007, cem anos após a primeira menção ao frevo no Jornal Pequeno. Há, no entanto, outra data de celebração à manifestação cultural.

No dia 14 de setembro, há um dia nacional em reverência ao frevo. A data faz referência ao aniversário do jornalista Osvaldo da Silva Almeida, entusiasta do frevo que divulgava eventos e notícias relacionadas ao ritmo.