Rombo na Americanas afeta resultado do Bradesco, mas banco fecha 2022 com lucro de R$ 20,7 bilhões
Banco decidiu provisionar 100% de sua exposição à varejista, de R$ 4,9 bilhões
O Bradesco informou na noite desta quinta-feira (9) que provisionou 100% de sua exposição à Americanas, o equivalente a R$ 4,9 bilhões, e fechou o ano de 2022 com um lucro líquido de R$ 20,7 bilhões.
O banco é um dos maiores credores da varejista e, assim como o Itaú, decidiu provisionar toda a sua exposição à Americanas, o que evita impactos negativos nos próximos balanços se não houver recuperação da dívida.
"O balanço de 2022 retratou um período cuja principal característica foi a superação de relevantes desafios conjunturais e de mercado. Ao final do exercício, chegamos a um lucro líquido de R$ 20,7 bilhões, apesar da provisão integral para um cliente específico", diz em nota o presidente do banco, Octavio de Lazari Junior, sem citar nominalmente a Americanas.
Lazari afirmou na nota afirmou que o resultado também foi afetado pelo impacto negativo da margem com o mercado. Também afetou o resultado do banco o aumento da inadimplência no crédito para o segmento massificado de pessoas físicas e jurídicas em razão da alta da inflação, que afetou a renda dos clientes. E, adicionalmente, uma provisão de R$ 4,9 bilhões referente a 100% de exposição de crédito para um cliente específico do atacado.
Segundo Lazari, o resultado 2023 será ainda impactado por maiores provisões.
“No segmento massificado o crescimento de provisões acompanhará a expansão da carteira, e, no atacado, teremos provisões normalizadas”, disse na nota.