PF e Polícia Civil prendem no Rio mandante de assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci
Vítima foi morta a tiros em maio do ano passado durante uma viagem de lua de mel à Colômbia; suspeito era procurado pela Interpol e será extraditado
As polícias Federal e Civil do Rio prenderam na manhã desta sexta-feira (10) um homem apontado como mandante do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci. A vítima foi morta a tiros em maio do ano passado durante uma viagem de lua de mel à Colômbia. O suspeito foi detido no Recreio dos Bandeirantes.
De acordo com a PF, o preso era considerado foragido internacional e procurado pela Justiça Paraguaia e pela Interpol. Contra o paraguaio pesam acusações por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes.
O histórico do preso fazia dele "um alvo prioritário nos trabalhos de cooperação internacional realizados no Centro de Cooperação Policial Internacional no Rio de Janeiro (CCPI-RJ) com o auxílio direto de diferentes forças policiais brasileiras, sul-americanas e da Interpol", informou a PF.
O paraguaio foi detido após a Polícia Civil tê-lo identificado, a PF confirmado sua identidade e a representação da Interpol no Brasil formulado pedido de prisão preventiva. O preso foi levado inicialmente para Superintendência da PF no Rio.
Ainda na madrugada de hoje, o investigado foi levado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Ele aguarda o julgamento do processo de extradição.
Outros seis suspeitos de participação no crime já foram presos. O último foi um cidadão venezuelano identificado como Gabriel Carlos Luis Salinas Mendoza. Ele foi detido em Caracas, acusado de dirigir o jet ski em que viajava o atirador que matou o promotor de 45 anos. Quatro dos detidos confessaram e foram condenados a 23 anos de prisão cada.
Morto em lua de mel
Pecci foi morto na ilha turística colombiana de Baru em 10 de maio do ano passado. Especializado em crime organizado, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, ele havia investigado quadrilhas do Brasil, além de lavadores de dinheiro libaneses da Tríplice Fronteira do Paraguai, Brasil e Argentina.
Após o assassinato, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares para quem fornecer informações sobre os responsáveis.
O promotor Pecci foi atacado por pistoleiros que desembarcaram em motos aquáticas quando a vítima estava na praia. Os criminosos também atiraram contra um segurança, que saiu ileso, de acordo com a rede de hotéis onde o paraguaio estava hospedado.