Estados Unidos

Presidente do Banco Mundial vai antecipar saída e dar a Biden chance de indicar sucessor

Indicado por Trump em 2019, David Malpass deve deixar instituição em junho. Governo americano quer mais crédito para países em desenvolvimento

David Malpass - BRENDAN SMIALOWSKI / AFP

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, anunciou nesta quarta-feira (15) a intenção de antecipar sua saída, prevista para o fim do ano fiscal, em 30 de junho, o que daria ao governo de Joe Biden a oportunidade de escolher alguém que possa promover reformas na instituição de crédito para os países em desenvolvimento.

O Grupo do Banco Mundial “é fundamentalmente forte, financeiramente sustentável e bem posicionado para ampliar seu impacto no desenvolvimento diante de crises globais urgentes”, disse Malpass em comunicado.

Ex-alto funcionário do Tesouro, Malpass foi nomeado para o posto pelo então presidente Donald Trump, em 2019. Ano passado, se viu envolvido em uma polêmica depois de se recusar a responder sobre o impacto dos combustíveis fósseis no aquecimento global durante evento em Nova York. Ele se limitou a afirmar que "não sou cientista".

Desde então, Malpass disse que "realmente não estava preparado" quando respondeu à margem de uma reunião das Nações Unidas. Ele então pediu a expansão da missão do banco para incluir explicitamente bens públicos, como a mudança climática.

Malpass liderou o Banco Mundial na resposta ao Covid-19 e começou a trabalhar no roteiro de evolução do credor para ajudá-lo a enfrentar melhor os desafios globais, como mudanças climáticas e pandemias.

Semana passada, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, aprofundou seu apelo por mudanças no Banco Mundial, instando-o a estender seu balanço de forma mais agressiva e a trabalhar mais para mobilizar dinheiro do setor privado para ajudar a enfrentar desafios globais como mudanças climáticas e pandemias.