BRASIL

Michelle Bolsonaro assume a presidência do PL Mulher: "Disposta a aprender"

Ex-primeira-dama se reuniu com parlamentares da bancada feminina do partido em Brasília

Michelle Bolsonaro assume a presidência nacional do PL Mulher - Reprodução/Redes sociais

Michelle Bolsonaro foi oficializada nesta quarta-feira como presidente nacional do PL Mulher, organização das parlamentares mulheres que compõem o Partido Liberal. Em reunião realizada em Brasília com integrantes da bancada feminina da coligação, a ex-primeira-dama disse que está "disposta a aprender".

Nas redes sociais, o partido afirma que "Michelle irá viajar o Brasil promovendo reuniões em grandes cidades, com o objetivo de atrair mais filiadas e aumentar a participação feminina na política".

— Sempre falo que eu sou uma dona de casa, mas se Deus viu graça em mim e me deu sabedoria e discernimento para conduzir minha família e hoje estar em Brasília, tendo essa oportunidade de ajudar a construir um Brasil melhor… Estou rompendo barreiras a cada dia, mas é por amor. Foi Deus que colocou esse amor no meu coração pela comunidade surda e que criou uma expectativa também com as demais necessidades. Então eu estou aqui e se as pessoas me vêem como essa figura que influencia, eu estou aqui disposta a aprender — disse a ex-primeira-dama.
 

Entre as parlamentares presentes no encontro estavam Bia Kicis (PL-DF), Júlia Zanatta (PL-SC), Amália Barros (PL-MT) e Silvia Waiãpi (PL-AP). O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse ao G1 que “Michelle vai ter toda a estrutura no partido. Vai percorrer o país realizando encontros com mulheres nos estados das deputadas da legenda".

A ex-primeira-dama retornou ao Brasil no fim de janeiro e já começou a atuar no partido. Ela fez campanha, por exemplo, para o senador Rogério Marinho (PL-RN) na eleição da presidência da Casa. O salário de Michelle, no entanto, está comprometido por enquanto porque a legenda está com as contas bloqueadas por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O bloqueio ocorreu para garantir o pagamento da multa de R$ 22,9 milhões imposta pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. A decisão aconteceu após o magistrado rejeitar um pedido do PL para anular o voto da maior parte das urnas eletrônicas utilizadas na eleição presidencial do ano passado. A expectativa é que as contas só sejam liberadas em abril.