Cuidados

Anestesia: os riscos da lidocaína, pomada que causou morte de comerciante após sessão de tatuagem

A substância pode levar à intoxicação e reações alérgicas severas

David Luiz Porto Santos - reprodução

O representante comercial David Luiz Porto Santos, de 33 anos, morreu quando fazia uma tatuagem em Curitiba em abril de 2021. O caso repercutiu recentemente, pois a mulher da vítima prestou depoimento na última semana e disse que ele teria passado mal após o tatuador usar um anestésico no corpo do rapaz para aliviar a dor sem autorização.

O produto utilizado foi a lidocaína, substância proibida utilizada apenas utilizada apenas por profissionais que tenham um registro para manipulação dela, justamente devido seus riscos.

A pomada, em absorção com a pele, ainda mais em lugares mais vascularizadas e traumatizadas pelo agulhamento, pode provocar reação adversa, processo alérgico ou até mesmo consequências mais sérias como o óbito. Especialistas garantem quem quanto maior a superfície de pele em contato com o anestésico, maior será a absorção do medicamento.

A lidocaína é recomendada e utilizada em várias áreas da estética, como no microagulhamento, aplicação de botox ou preenchimento labial, porém é necessário que o médico ou especialistas tenha a autorização para manuseá-la.

Os profissionais também pedem que antes de qualquer procedimento o cliente faça um teste de alergia para saber se é ou não alérgico aquele determinado produto e que não tenha riscos de utiliza-lo.

Superdosagem
Os anestésicos funcionam a partir da dosagem de cada um. O médico não pode colocar nem muito pouco para não fazer efeito, nem muito acima da porcentagem necessária para não ter problemas mais graves. A lidocaína funciona do mesmo modo. Os especialistas acreditam que o comerciante morto em Curitiba recebeu uma dosagem mais alta do que o necessário o que pode ter provocado uma intoxicação e efeitos adversos do medicamento.

Os sintomas para uma pessoa que está sofrendo de intoxicação por uma superdosagem de anestésico são: queda de pressão, tontura, confusão mental, agitação, convulsões, que podem evoluir para perda de consciência e parada respiratória, que se não tratada acaba levando o paciente a óbito.