Espanha

Polícia recupera duas obras de Dalí roubadas em Barcelona

A investigação começou em janeiro de 2022, após a denúncia do roubo em um apartamento na luxuosa zona alta da cidade

Polícia recupera duas obras de Dalí roubadas em Barcelona - Handout/Mossos d'Esquadra/AFP

Agentes da polícia regional da Catalunha informaram, nesta sexta-feira (17), que recuperaram e devolveram aos proprietários dois desenhos feitos por Salvador Dalí, avaliados em 320 mil dólares (cerca de 1,65 milhão de reais). As obras haviam sido roubadas de uma casa em Barcelona no ano passado.

A investigação começou em janeiro de 2022, após a denúncia do roubo em um apartamento na luxuosa zona alta da cidade.

Os indícios coletados pelos agentes conduziram a três irmãos que praticavam assaltos com "alto grau de especialização", de acordo com o comunicado divulgado pela Mossos d'Esquadra, a polícia regional da Catalunha.

Uma vez recuperadas, as obras - dois desenhos a carvão, um de camponeses catalães e outro que retrata bailes tradicionais da região - foram levadas para a Fundação Gala-Salvador Dalí para verificação de sua autenticidade.

Após a análise técnica, estilística e da documentação fornecida pelos proprietários, os especialistas concluíram que os desenhos foram feitos pelo artista catalão, aos 18 anos, em 1922.  As imagens foram encomendadas pelo escritor Pere Corominas para ilustrar o livro "Les Gràcies de l'Empordà ", segundo a nota da Fundação.

Os irmãos - de 50, 53 e 55 anos - atuavam em áreas de alto poder aquisitivo de Barcelona e região metropolitana, onde escolheram seus alvos após dias de vigilância.

Eles costumavam entrar nesses prédios quando tinham certeza que seus moradores estavam ausentes, geralmente nos fins de semana.

Uma vez lá dentro, eles eram seletivos em seus alvos, pegando apenas o que consideravam obras de arte valiosas, além de coleções de moedas e objetos antigos.

Os ladrões foram presos em maio de 2022, junto com outros dois cúmplices.

Além dos dois desenhos de Dalí, os agentes recuperaram cinco obras de arte gráfica atribuídas ao artista catalão Joan Miró, que ainda não foram analisadas. Também foram recuperados 55 relógios e várias coleções de moedas e objetos antigos.

Os cinco detidos estão atualmente em liberdade provisória.