Anvisa prorroga liberação para uso da vacina da Monkeypox no Brasil
Fim da autorização de uso da vacina para varíola dos macacos ocorre no dia 26 deste mês e nenhuma estratégia de aplicação foi divulgada oficialmente
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira a prorrogação da dispensa de registro --- ou seja, liberação --- para que o Ministério da Saúde importe e utilize no Brasil a vacina Jynneos ou Imvanex, para imunização contra a Monkeypox. Trata-se de uma prorrogação de prazo de seis meses.
O lote comprado ainda na sob a determinação do ex-Ministro Marcelo Queiroga corresponde a 49 mil doses. Questionada na semana passada, a atual gestão não informou se todas as doses chegaram ao país e nem o custo da compra. Disse que "trabalha para recuperar o tempo perdido de uma ação que deveria ter sido iniciada na gestão anterior". E ainda concluiu dizendo que "cabe ressaltar que a pasta está tomando todas as providências consultando especialistas e técnicos para estabelecer os procedimentos de ação".
Na decisão, a Diretoria Colegiada aprovou, por unanimidade, a solicitação de prorrogação feita pelo governo Federal. A autorização ocorre nove dias antes do prazo inicial expirar, sem o uso das doses. Conforme O Globo antecipou, há apenas a previsão de uso para um estudo que utilizará um pequeno quantitativo das aplicações.
A Anvisa ainda diz que "a autorização se aplica à vacina Jynneos (EUA) ou Imvanex (EMA) – vacina contra varíola e Monkeypox, vírus vaccínia modificado, cepa Ankara –, que, apesar de ser o mesmo produto, possui nomes diferentes nos Estados Unidos (EUA) e na Europa". A vacina é desenvolvida pela empresa Bavarian Nordic e fabricada na Dinamarca e na Alemanha.
O imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade, quando conservado entre -60°C a -40°C. "A prorrogação da dispensa temporária e excepcional é válida por mais seis meses e se aplica somente ao Ministério da Saúde, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa", informou a agência.