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O que é o mal da vaca louca e por que o caso atípico no Brasil não traz riscos à saúde

Doença ocorreu de forma espontânea e não devido à ingestão de ração contaminada. Registro já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal

Vaca - cottonbro/Pexels

O surgimento de um caso de mal da vaca louca em Marabá, no Pará, foi atípico, ou seja, que acontece espontaneamente na natureza. Por isso, não há possibilidade de disseminação da doença ou riscos à saúde dos brasileiros.

O chamado mal da vaca louca ou encefalopatia espongiforme bovina pode ocorrer de duas formas. O animal pode adquiri-la de forma espontânea ou ao inferir rações que usam proteína animal contaminada, como farinha de carne e ossos de outras espécies.

No Brasil, este tipo de ingrediente é proibido para na fabricação de ração para bovinos. Não há evidências de que a doença passe de um animal para o outro por conta da proximidade de convivência.

Quando um bovino é diagnosticado com vaca louca, ele deve ser sacrificado e sua carne queimada, para evitar que sirva de alimento para outros animais. Isso já foi feito no caso identificado no Pará. O bezerro tinha 9 anos.

Confirmação no Canadá
A doença também atinge ovelhas. O mal foi detectado no início dos anos 90, na Europa, quando atingiu milhões de animais na época. Suspeita-se que eles adoeceram por causa da ração contaminada.

O Brasil comunicou o caso do Pará à Organização Mundial de Saúde Animal, como previsto nos protocolos sanitários. As amostras analisadas foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, para nova confirmação, de acordo com o Ministério da Agricultura, como de praxe.

Mesmo o caso tendo ocorrido de forma isolada, o protocolo prevê a suspensão da exportação de tudo que é produzido no Brasil. Por isso, as vendas para a China foram suspensas.

Em setembro de 2021, dois casos atípicos de mal da vaca louca foram diagnosticados no Brasil, e as exportações também foram suspensas preventivamente, sendo retomadas mais tarde.