G7 pede que FMI forneça pacote de ajuda à Ucrânia antes do fim de março
Os ministros estão reunidos na cidade de Bangalore, na Índia
Os ministros de Finanças do G7 pediram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que adote um novo pacote de ajuda à Ucrânia até o fim de março, de acordo com um comunicado enviado pelo grupo, nesta quinta-feira (23), na véspera do aniversário de um ano da invassão russa à ex-República Soviética.
"Pedimos ao FMI e à Ucrânia que adotem um programa com credibilidade, ambicioso, totalmente financiado e adequadamente condicionado até o fim de março de 2023", afirma o G7 no documento.
Os ministros estão reunidos na cidade de Bangalore, na Índia, onde participam de uma reunião ministerial do G20, na próxima sexta-feira (24), centrada principalmente nas consequências econômicas das guerra na Ucrânia.
O grupo acrescentou que as sanções, até agora, "minaram significativamente as capacidades da Rússia em sua guerra ilegal" e afirmou que vai continuar monitorando e adotando medidas se considerar necessário.
Pouco antes, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, também declarou que estas medidas tiveram um "efeito negativo muito significativo na Rússia", que tem agora um considerável "déficit orçamentário", disse.
Para ela, o presidente russo, Vladimir Putin, "pensou em vencer a um custo mínimo", mas, um ano depois, sua guerra "é um fracasso estratégico para o Kremlin", analisou Yellen.
Os Estados Unidos, a União Europeia e seus aliados impuseram sanções que atingiram fortemente o Estado russo, assim como sua indústria, bancos e o setor petrolífero.
No entanto, vários países como a China e a Índia, aumentaram suas importações do petróleo russo, amenizando o impacto das sanções ocidentais.
Discussões sobre a Ucrânia ainda possuem um caráter delicado para a índia, país anfitrião do G20 que não condenou a invasão.
Na quinta-feira, a Rússia ainda não havia confirmado se enviaria um representante para o encontro, que vai até sábado.
Apesar disso, o chefe diplomático russo, Serguéi Lavrov, deve participar de uma reunião de ministros do Exterior do G20 na próxima semana, em Nova Delhi, que contará também com a presença do seu homólogo americano, Antony Blinken.
No encontro desde fim de semana também está previsto tratar sobre a redução da dívida externa dos países mais pobres, além da questão da reforma tributária internacional.
Cerca de 15% dos países de baixa renda estão "superendividados", segundo o FMI.